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O Livro de Ouro das Ciências Ocultas - Parte 12
A origem do homem se perde nas brumas do passado. Cada época e cada povo, até os mais primitivos, têm seu mito de Criação. Nós também dependemos de hipóteses e teorias para falar sobre a origem do homem. Afinal não dispomos de uma única testemunha ocular capaz de esclarecer inequivocamente a tão discutida questão da origem da humanidade. Existem três hipóteses principais a respeito: A criação de Adão por Deus, conforme relata o Antigo Testamento da Bíblia; ou conforme escreveu o apóstolo João. A teoria da evolução ou descendência do macaco, do naturalista inglês Charles . R. Darwin. A teoria dos extraterrestres, do escritor Erich von Daniken, o êxito literário de Darniken superou o da Bíblia. Como saber ao certo se realmente no remoto passado, astronautas provenientes de ignotas galáxias vieram adejar como anjos sobre nosso planeta, gerando filhos com pequenas mulheres humanóides semelhantes a macacos (pergunta). O Universo contém uma infinidade de planetas habitáveis. Os defensores das ciências acadêmicas alegam que a descendência extraterrestre é inviável por vários motivos: a barreira do tempo e os insolúveis problemas tecnológicos inerentes a viagens espaciais entre sistemas solares a dezenas ou centenas de anos-luz de distância. No entanto, de acordo com a teoria das probabilidades nas ciências naturais, não se pode excluir o improvável. Há sempre uma possibilidade remota de que inteligências alienígenas existam há muito mais tempo do que a humanidade e de que já tenham dominado a técnica de viagens espaciais intergalácticas. Porém, esta novíssima teoria da descendência do homem apresenta um sério inconveniente: " transfere a origem do homem para o Cosmo. " E continua sem resposta a questão de saber quem criou os extraterrestres; e sobretudo de que modo eles adquiriram um consciente semelhante ao do homem. Portanto tudo fica mais misterioso. A Teoria da Evolução de Darwin, ampliada e completada pelos neo-darwinistas, é atualmente a tese aceita pelos meios científicos. É ensinado nas escolas e a maior parte das pessoas acredita que é correta. De acordo com ela, o homem é simplesmente produto de dois macacos, concebido há milhares de anos. Porém devia ser uma espécie de criança-prodígio entre os macacos, por demonstrar inteligência suficiente para pôr-se de pés nas patas traseiras, estimulando com isto o crescimento do cérebro. Saturado de andar se embalando em árvores, o filhote da mãe- macaca saiu a perambular primeiro pela estepe e depois pelo vasto mundo. Ao contrário dos primos- macacos que permanecem peludos até hoje, ele se despojou de seus pelos, lançando-se à conquista do mundo _ mas sem necessariamente circular por ele glabro conforme nascera. Sem dúvida, da primeira talhadeira de pedra até a construção das pirâmides vai um longo período; cerca de 500.000 anos, em números redondos. Mas da construção das pirâmides à pirotécnica das modernas viagens espaciais, o macaco nu gastou um curto período de cinco milênios. No entanto, a Teoria da Evolução é tão infalível quanto se costuma crer. O tamanho do cérebro não é decisivo para a humanização. Elefantes e golfinhos tem cérebros maiores do que o homem; a marcha ereta também não é critério. O canguru por exemplo, se desloca sobre duas patas, mas nem por isso seu cérebro ficou maior. Além disso, a Teoria da Evolução apresenta uma série de lacunas na cadeia evolutiva e estranhas incongruências. Por outro lado, os elos falantes na cadeia evolutiva do homem não depõem contra um acentuado grau de credibilidade da Teoria da Evolução, desde que a consideremos restrita a um desenvolvimento biológico geral da vida. Pois todas as formas de vida que conhecemos possuem em comum duas coisas: o ácido nucléico e as proteínas, como elemento vital básico. No entanto, isto não basta para explicar a origem do homem. Surpreendentemente, é a tese do apóstolo João que tem o maior grau de verossimilhança. Pois refere-se com exatidão ao fator decisivo para a humanização. " No começo, era a palavra (...) ", ele diz. Ou seja, o pensamento criador, caso interpretemos em sua acepção completa o termo Logos que o apóstolo usou no texto original. Mas é, ao mesmo tempo, sem dúvida, a linguagem humana. E quando, mais adiante, ele diz que a vida é a Luz dos homens, podemos aplicar isto à Luz do consciente, que é a característica distintiva dos seres humanos. Com o surgimento do consciente, do ego-pensante e do agrupamento de sons em palavras, começa a humanização. O homem é o único ser vivo, pelo menos dos que conhecemos, capaz de descrever e generalizar suas vivências psíquicas e intelectuais. Isto ocorre inicialmente por meio de imagens figurativas, padrões ilustrativos e símbolos, o que leva posteriormente à evolução da escrita. Desta forma o homem é o único ser vivo a ter acesso ao âmbito do espiritual. Sob este aspecto , podemos afirmar sem receio: o homem não é o elo final de uma série evolutiva animal, por assim dizer, a derradeira e mais perfeita etapa dos mamíferos. O homem é o início de uma nova espécie na criação. No período entre a terceira e a quarta Idade Glacial, entre 150.000 e 100.000 anos antes de Cristo, surge um novo tipo de homem, o chamado Neandertal. Para pesquisadores da Pré-História, ele é também um Homo faber. No entanto, apresenta nítidas diferenças sobre os humanóides anteriores, conforme demonstram os esqueletos até hoje encontrados. Ele sepultava seus mortos e já conhecia um culto religioso. Achados feitos nas cavernas em que morava permitem deduzir que ele venerava um ser vivo que andava ereto como ele, mas lhe era superior em tamanho e força. Seu deus era o urso! Vem a ser até a característica decisiva para provar que o homem de Neandertal possuía um consciente especificamente humano, mesmo em se tratando, sem dúvida , de um ego-consciente bastante diferenciado. Pois nenhum outro animal ou ser vivo sobre a Terra pratica o sepultamento dos mortos, nem mantém cultos religiosos. Animais não tem consciência de sua morte, eles apenas perecem. Resta ainda a hipótese da colonização por extraterrestres. A ciência não tem como se pronunciar inequivocamente a respeito. É possível que o homem primitivo tenha se conscientizado pela primeira vez de seu ego individual ao ver o reflexo do seu rosto em água clara. Ou então,pressentiu a consciência do próprio ego ao ver o companheiro de caçada ser mortalmente atingido por uma patada de urso; a imagem muda, inerte e sem vida do irmão de tribo talvez o tenha ajudado a distinguir e perceber sua individualidade pessoal. Com isto, ele também deve ter ficado cônscio da mortalidade do homem. " A morte acabava de vir ao mundo ". Tanto o sepultamento quanto o culto ao urso provam que já o homem de Neandertal se preocupava com a morte, aliás como sina do ser humano, Pois de acordo com sua experiência, a natureza era imortal. A despeito do desaparecimento vespertino ou matutino, o sol e a lua sempre retornavam ao firmamento. As estações do ano se alternavam. Porém o inverno trazia uma morte apenas aparente; na primavera a natureza despertava para uma nova vida, como que acordando de um prolongado sono. As aves migrantes desapareciam no outono. O urso se recolhia a uma caverna para hibernar. Todavia todos eles retornavam na primavera, por assim dizer renascidos e rejuvenescidos. O homem primitivo deve ter observado que os animais mais ferozes matavam e devoravam os mais fracos. No entanto, durante milênios ele continuou considerando imortais o urso, o leão, a poderosa águia _ todos os animais posteriormente elevados à condição de divindades. Também lhe pareciam imortais as aves migrantes, que alçavam bem acima de sua cabeça, no inatingível reino dos ares. O homem primitivo provavelmente não chegava a presenciar a morte natural de animais de grande porte. Primeiro, porque animais debilitados pela idade ou pela doença costumam se isolar; segundo, porque entre animais selvagens é difícil distinguir o indivíduo de seus congêneres da mesma espécie. Mas certamente devia perceber que era o causador da morte dos animais que caçava para comer, como como o búfalo, o cervo gigante, a rena e também o urso. É questionável afirmar que foi a consciência da mortalidade, a possibilidade da própria morte, que levou o homem primitivo a inventar a religião e a desenvolver o culto ao Além. " Logo, a religião teria nascido do medo. " Todavia é bem mais provável que o medo seja fruto da religião.
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