Calendário 2019

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Vou por onde a arte me levar.

quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Hoje eu to com a macaca kkkk


Panô " Negra Blue " na rua.


Panô " Mama áfrica " no Vintage


Você é o seu próprio estilo de viver. - Arte em Panô


Estilo Áfro Gótico combina com seu ambiente.


Calendário Panô " Negra Blue ".


Calendário tela " Plenitude ", mês de outubro: Todas as pessoas grandes foram um dia crianças. Mas poucas se lembram disso.


A primavera é um jeito da natureza dizer: " É tempo de renascer! ".


Não tenha medo de ventos que sopram, é a primavera mandando os seus recados.


A Tela " Plenitude " em seu ambiente combina em vários estilos e cores.


A Contestação Juvenil - Parte 5 (Pausa).

Esta fotografia no Brasil, estão Eva Tudor, Tônia Carrero, Eva Wilma, Leila Diniz, Odete Lara e Norma Bengell, lutando contra a Censura em plena Ditadura.    O escritor alemão Hermann Hesse (1877-1962) redige Peter Camenzind (Alma de Criança), onde acusa o pai de repressão, e Unterm Rad (Debaixo da Roda), argumentação contra a escola de caráter competitivo.   O tchecoslovaco Franz Werfel (1890-1945) escreve Vatermord ( Parricídio ), título que explicita claramente o caráter rebelde da época expressionista, e seu compatriota Franz Kafka ( 1883-1924) concebe Briefan den Vater (Carta ao Pai), considerada a obra mais dura contra a repressão adulta.    Os anos 20, a célebre " década do jazz ", constituem um período de violentos confrontos entre gerações.    Outros se haviam já registrado, mas sem tamanha violência.    A juventude fica na moda.    Ser jovem tornar-se um valor que antes nunca fora: até então, a juventude havia sido uma mera fase de transição e de mimetismo.    No entanto nos anos 20, a juventude não estava organizada globalmente.    Ora, é neste ponto que cabe perguntar como terá surgido esta organização social entre jovens; porque aconteceu agora, precisamente no tempo presente, e não em qualquer outra época, como por exemplo, no começo dos anos 20, no momento em que, de todos os pontos de vista, a separação entre as gerações era ainda muito mais acentuada.    Com efeito, nos anos 20 e 30, a juventude já havia tomado consciência de si mesma, mas carecia de poder.    Em linhas gerais, pode-se dizer que reagiu face aos problemas nacionais e internacionais a partir do seu vigor juvenil, da sua alegria de viver, do seu gosto pelo presente fugaz, mas, apesar de tudo, não teve possibilidades de estabelecer uma alternativa global ao mundo dominado pelos adultos.    Ao longo da primeira metade do século XX, a juventude rebelou-se contra a moral vitoriana imposta em toda a Europa e nos Estados Unidos durante a segunda metade do século passado.    Tratava-se de uma moral puritana, severa, formalista, mais preocupada com as aparências que com os instintos e necessidades, eminentemente burguesa, mas de uma burguesia que já não lutava, antes, confortavelmente instalada no poder, se sentia satisfeita com a sua vitória e com os seus privilégios.     A juventude opôs a esta moral de caráter urbano o amor pela natureza e pelos espaços livres; opôs, ao estilo sedentário e satisfeito, o gosto pela aventura e pelo perigo; ao formalismo opôs uma atitude instintiva, vital, descarada, à arte decadente, sólida e acadêmica, opôs a espontaneidade, a flexibilidade e a originalidade.

A Contestação Juvenil - Parte 4

Ganhadora do Prêmio Pulitzer em 1973 e a mais famosa fotografia de guerra de todos os tempos.    Kim Phuc ( a garotinha nua ) corre ao longo de uma estrada perto de Trang Bang, no Sul do Vietnã, após um ataque aéreo com Napalm.    Para sobreviver, Kim arrancou a roupa em chamas do corpo.    Fotografia de Nick Ut.

A Contestação Juvenil - Parte 3

A rebelião em marcha: A escola é aquele lugar onde tenho que me beliscar continuamente para não adormecer.    Porém eu e meus companheiros falamos sempre de cinco coisas: a " Bomba ", o " Vietnã ", Os direitos dos negros, A marijuana e nossa Vida sexual, opinava uma rapariga de 17 anos, estudante da cidade norte-americana de Berkeley em meados dos anos 60.    As causas da rebelião juvenil não devem procurar-se apenas no mundo que rodeia os jovens, mas também neles mesmos.    Após a Revolução Francesa, no início do século 19, fundaram-se numerosos clubes de jovens universitários, politicamente republicanos e revolucionários, embora continuassem a constituir uma minoria.    Contudo, no fim deste século, eram já muitos os jovens integrados no sistema educativo e em organizações recreativas e culturais.   Funda-se então na Alemanha o grupo dos Wandervógel ou " Aves Nômades " ( 1896 ), antecipação germânica, de caráter vitalista, dos Boy-Scouts, organização para-militar britânica, fundada posteriormente (1902-1903) por R.S.S Baden Powell ( 1857-1941) com o objetivo de reunir a juventude e lhe dar um sentido à vida, bem como ocupações nas horas e dias de ócio.   Só as classes médias e, em parte, a classe alta, participavam em tais movimentos; os jovens operários e camponeses encontravam-se demasiado ocupados pela sobrevivência e muito agarrados à tradição para se ligarem a eles.   Não obstante, no século XX, também os filhos das classes populares entram para as escolas e se interessam pela cultura  e pelos desportos.     Os partidos políticos criam seções juvenis .    Na Russia, após a revolução de 1917, a juventude começou a agrupar-se nos Konsomoles.     Na Alemanha e na Itália, com o fascismo no poder, os dirigentes políticos respectivos organizaram seções juvenis dedicadas às tarefas do partido e outro tanto fizeram os partidos socialistas e comunistas de todo o mundo.

quinta-feira, 15 de setembro de 2016

A contestação juvenil - Parte 2

Provavelmente, uma organização tipo semelhante a comitês, conselhos ou grupos locais e todos os gêneros de organização que depois possa coordenar-se a um nível mais geral.    No entanto, como já disse, suas formas ou estruturas estão ainda por estudar.    A diferença entre o movimento de Berkeley e os movimentos franceses e alemães, entre eles existem uma considerável diferença que, na minha opinião, se deve sobretudo ao fato de que nos Estados Unidos falta uma sólida e duradoura tradição marxista e socialista.    Por outro lado, essa tradição existe na França e na Alemanha, o que proporciona a base para um movimento muito mais efetivo e extenso que o que se dá em outro país.    De qualquer modo, não é a tradição marxista o único fator; a tradição cultural e intelectual também influi como um todo, particularmente no campo da literatura.    Não foi por acaso, que palavras de ordem surrealistas, tais como " a imaginação ao poder ", desempenharam um importante papel no movimento francês e também no movimento alemão e, por outro lado, não tiveram influência nos Estados Unidos.    Eu diria que o movimento francês é mais radical que o norte - americano.    E digo mais radical porque  o primeiro aponta para uma mudança total nas esferas intelectual e material, e não só na área das instituições e das relações sociais.    O movimento da juventude na França aponta para o que foi denominado uma  qualidade de vida radicalmente diferente ", o que afetaria todas as relações humanas em todas as dimensões da sociedade.   Ora é isto que  interessa realmente à humanidade.     Berkeley fica na Califórnia e aqui o contraste social é especialmente agudo: por um lado, o luxo e o conforto das elites; por outro, a miséria e a pobreza derivadas das condições de vida dos trabalhadores emigrados  e dos assalariados.    É um contraste escandaloso, muito mais evidente que em outros lugares do país.   Apesar de não ser um especialista em questões do chamado Terceiro Mundo, posso dizer-lhe que de fato me atrai especialmente a atenção o papel tão específico que neles desempenham os estudantes, talvez hoje os mais radicais do mundo, acicatados pela pressão que o imperialismo exerce nos seus países.    No entanto, em conjunto, a estrutura da revolução comunitária no Terceiro Mundo move-se ainda sobre fundamentos tradicionais, ou seja, trata-se de uma revolução que responde a uma situação de pobreza.     Nos países capitalistas que atingiram um elevado grau de desenvolvimento, a revolução não surgiria da miséria  e das privações, mas sim da necessidade de humanização e pela degradação das forças produtivas... Eu diria que o fermento revolucionário se encontra disseminado em amplos setores da escala social e não só entre as classes trabalhadoras, principalmente nos estados unidos.    O impulso em direção a uma mudança radical encontra-se também, evidentemente, entre as classes trabalhadoras, sobretudo entre os jovens trabalhadores e os trabalhadores de raça negra.    Mas, em  seu conjunto, e nos Estados Unidos, as classes trabalhadoras não são hoje, em verdade uma classe revolucionária.    Atualmente, já não é possível isolar uma classe social e dizer que nela e só nela se encontram os fatores e os indivíduos que se inclinam para a revolução.    O potencial revolucionário é muito  mais amplo e muito mais profundo.     Os estudantes estão hoje na primeira linha.    Formam até uma espécie de vanguarda.    Mas, em última instância , creio que Marx tinha razão e que, apesar de tudo, a revolução não pode materializar-se sem a participação das classes trabalhadoras, que, caso seja necessário, é o único sujeito social capaz de deter o processo de produção e reprodução.    Efetivamente muitos críticos censuraram-me por considerar a ciência como um meio de domínio.     No entanto, é um fato que esta se converteu em um instrumento de destruição e de domínio, mas não em razão da lógica que lhe é inerente, antes por causa da servidão da ciência perante os interesses das classes dominantes.    De qualquer modo, ainda que não seja seu autor, também sustento a tese de que a ciência é um fator indispensável para a construção de uma sociedade melhor. ( por Herbert Marcuse ).

Livro " A contestação juvenil " - Biblioteca Salvat De Grandes Temas - Livros GT ( Um pouco sobre ). Parte 1

É muito difícil concretizar quando e onde começou o movimento da rebelião juvenil.     Por comodidade, pode se afirmar que foi durante os anos 60.    Primeiro registrou-se um movimento na Universidade de Berkeley a favor da liberdade de expressão; em seguida, no Sul dos Estados Unidos produziu-se um movimento a favor dos direitos civis.    Creio que estes dois fatos constituem as principais fontes do movimento juvenil no princípio da década de 60.    Depois, a ação foi crescendo e atingiu seu apogeu em 1968 e 1969, podendo se dizer que a partir de então começou a declinar, pelo menos na aparência.   Registraram-se menos ações espetaculares, menos manifestações relevantes, menos julgamentos escandalosos.    Muita gente apressou-se a dizer que o movimento juvenil, o movimento juvenil radical, tinha acabado, e asseguravam que estava morto.    Da minha parte não creio que tenha morrido.    Opino que o movimento se encontra num período ou fase de orientação, de exame sobre si mesmo, de reorganização.   Os jovens radicais fizeram uma pausa para tentar descobrir a razão de seus equívocos, de porquê a sociedade é como é e, na base desses conhecimentos, tentar projetar o que eles podem fazer para remediar tal estado de coisas.    Outros, tal como os jovens das comunas, tratam de estabelecer relações não alienadas entre os seres humanos.    O movimento em conjunto continua vivo.    E continua vivo tanto na sua crítica à sociedade existente como na sua ação prática.   No meu entender, a fraqueza atual do movimento repousa em dois importantes fatores: a repressão intensificada pelo sistema, coincidente com o estabelecimento da administração de Richard Nixon, e com uma grande decepção e desilusão devida a que a mudança radical tão ansiada não chegou...  Quando de certo modo se acreditava que a revolução estava quase ao virar da esquina, verificou-se, em vez disso, uma nova estabilização, talvez provisória, do sistema capitalista.    São estas algumas das principais razões do enfraquecimento do movimento, e por isto, ele se encontra numa fase de reorganização.    De momento, uma das tarefas mais importantes desta fase consiste em encontrar novas formas de organização realmente eficazes.    Tal organização já não pode ser a dos antigos partidos centralizados de massas, antes deve ser uma organização muito mais descentralizada, que deixe mais campo livre à espontaneidade...  ( Por Herbert Marcuse ).