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Vou por onde a arte me levar.

quarta-feira, 28 de setembro de 2016

A Contestação Juvenil - Parte 5 (Pausa).

Esta fotografia no Brasil, estão Eva Tudor, Tônia Carrero, Eva Wilma, Leila Diniz, Odete Lara e Norma Bengell, lutando contra a Censura em plena Ditadura.    O escritor alemão Hermann Hesse (1877-1962) redige Peter Camenzind (Alma de Criança), onde acusa o pai de repressão, e Unterm Rad (Debaixo da Roda), argumentação contra a escola de caráter competitivo.   O tchecoslovaco Franz Werfel (1890-1945) escreve Vatermord ( Parricídio ), título que explicita claramente o caráter rebelde da época expressionista, e seu compatriota Franz Kafka ( 1883-1924) concebe Briefan den Vater (Carta ao Pai), considerada a obra mais dura contra a repressão adulta.    Os anos 20, a célebre " década do jazz ", constituem um período de violentos confrontos entre gerações.    Outros se haviam já registrado, mas sem tamanha violência.    A juventude fica na moda.    Ser jovem tornar-se um valor que antes nunca fora: até então, a juventude havia sido uma mera fase de transição e de mimetismo.    No entanto nos anos 20, a juventude não estava organizada globalmente.    Ora, é neste ponto que cabe perguntar como terá surgido esta organização social entre jovens; porque aconteceu agora, precisamente no tempo presente, e não em qualquer outra época, como por exemplo, no começo dos anos 20, no momento em que, de todos os pontos de vista, a separação entre as gerações era ainda muito mais acentuada.    Com efeito, nos anos 20 e 30, a juventude já havia tomado consciência de si mesma, mas carecia de poder.    Em linhas gerais, pode-se dizer que reagiu face aos problemas nacionais e internacionais a partir do seu vigor juvenil, da sua alegria de viver, do seu gosto pelo presente fugaz, mas, apesar de tudo, não teve possibilidades de estabelecer uma alternativa global ao mundo dominado pelos adultos.    Ao longo da primeira metade do século XX, a juventude rebelou-se contra a moral vitoriana imposta em toda a Europa e nos Estados Unidos durante a segunda metade do século passado.    Tratava-se de uma moral puritana, severa, formalista, mais preocupada com as aparências que com os instintos e necessidades, eminentemente burguesa, mas de uma burguesia que já não lutava, antes, confortavelmente instalada no poder, se sentia satisfeita com a sua vitória e com os seus privilégios.     A juventude opôs a esta moral de caráter urbano o amor pela natureza e pelos espaços livres; opôs, ao estilo sedentário e satisfeito, o gosto pela aventura e pelo perigo; ao formalismo opôs uma atitude instintiva, vital, descarada, à arte decadente, sólida e acadêmica, opôs a espontaneidade, a flexibilidade e a originalidade.

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