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Vou por onde a arte me levar.

quarta-feira, 8 de março de 2017

O Livro de Ouro das Ciências Ocultas - Parte 14


Além de um recurso auxiliar na magia, a arte tinha também cunho religioso.    O curandeiro traçava os planos para a caçada, e este modelo servia de orientação para todos os membros da tribo.   Nestas cavernas na Idade da Pedra, que não serviam como habitação, mas como local de culto, encontraram-se flautas de ossos, vibradores de madeira e pegadas humanas.   Nos primórdios da civilização o homem ainda cultuava como divindade animal a fera abatida, como por exemplo, o urso, cuja cabeça e pele eram montadas sobre uma armação.   Na era da pintura das cavernas, os desenhos substituíam a carcaça abatida.   Foi assim que nasceu a magia pictórica, que aparece posteriormente; seja no culto a animais totêmicos, no feitiço de máscaras, na crença em fetiches dos primitivos, ou na esperança do milagre resultante do toque de imagens mais desenvolvidas, na devoção diante de imagens milagrosas, ou na veneração de relíquias.   Também o feitiço mortal, ou o mal olhado, praticados pela chamada magia negra, tem a mesma origem.   No início da década de 1980, a magia pictórica se tornou por assim dizer moderna, conforme provam as reportagens dos noticiários.   Nelas se vê, em demonstrações no Irã, um boneco imitando o Xá ser exibido na extremidade de uma forca.   Também o presidente dos Estados Unidos é sujeitado a esta mágica morte pictórica, por meio de um boneco enforcado feito à sua imagem e semelhança.   E tudo sobre o acompanhamento de histéricos gritos de maldição da massa fanatizada: Morte ao Xá, morte aos imperialistas americanos etc.   Este exemplo, e outros do mesmo teor, testemunham o retorno do uso da magia pictórica a serviço de ideologias políticas.    A criação artística da imagem passa a ser imagem simbólica.   Começam a aparecer representações fálicas, homens com o membro ereto, como as descobertas nas cavernas de Ti-n-Lalan e Tel-Issaghen.   Nos desenhos aparecem também o ato sexual entre casais, porém não como cópula animal.    O instinto sexual domina o homem primitivo, quer ele queira ou não, Cerca de vinte mil anos mais tarde, deparamos com a posição de cócoras nos ensinamentos secretos do Tantra-ioga hindu, onde ela desempenha papel especial no desenvolvimento de uma vida espiritual interior, por meio da mágica energia sexual.    É encontrada igualmente nas instruções para a magia amorosa na doutrina chinesa do taoísmo.    O aparecimento da linguagem humana também tem, possivelmente, correlação com a mais remota magia.   O processo ainda não foi bem esclarecido do ponto de vista científico.   Von Bertalanffy supõe que a linguagem do homem primitivo surgiu como magia da palavra.   A teoria dos antropólogos e pesquisadores da linguagem de que ela tenha evoluído de sons animais - uma espécie de comunicação baseada em latidos e grunhidos - revelou-se errônea.   A língua dos povos primitivos são bastante complexas, enquanto rendem a se simplificar cada vez mais no decorrer do processo civilizatório.    As vozes dos animais são genericamente condicionadas de acordo com a espécie.    O cão pode variar seu latido, mas é incapaz de imitar o trinado de um pássaro.    Quanto ao homem precisamos partir de suas vivências.    O Homo Magus percebia o mundo não só em imagens, mas também em sons.   Os símbolos sonoros se transformam em palavras, e com o uso as palavras acabam formando a linguagem, assim como a justaposição intencional de figuras simbólicas levou a escrita, se bem que dezenas de milênios mais tarde.   A criação de símbolos foi o fato mais revolucionário e decisivo para o desenvolvimento do consciente humano.    Por meios dos símbolos, o homem cria, ou melhor, descobre um mundo espiritual.

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