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quinta-feira, 9 de março de 2017

O Livro de Ouro das Ciências Ocultas - Parte 15 _ Um resumo do livro.

Todavia, no homem primitivo, assim como na criança, a mentalidade animista ainda é tão interligada ao meio ambiente que ele mal percebe que o seu curandeiro opera com símbolos; para ele a magia da palavra e a magia da figura equivale a fazer coisas e a produzir efeitos.   Para o cientista atual, porém, lidar com símbolos não passa de atividade intelectual; serve para desenvolver padrões de pensamento e para elaborar fórmulas matemáticas que descrevam processos naturais.   Portanto, a luz da psicologia atual, a magia xamanista se baseia numa noção ingênua, mas na qual o curandeiro crê firmemente, logo sem superstição.   No entanto, o espantoso é que o curandeiro é realmente capaz de fazer mágica.   Pode até fazer aparecer espíritos muito reais.   A pesquisadora francesa Alexandra David-Neel, professora de Etnologia na famosa Universidade de Sorbonne, em Paris, profunda conhecedora do Tibete, onde passou catorze anos.   Fala a respeito do seu livro " Santos e Bruxas "; ela foi  iniciada nos ritos secretos do Lamaísmo, a forma tibetana de budismo, que conservou as psicopráticas da religião xamanista original do país.   O que a pesquisadora relata acerca dos poderes mágicos dos lamas do Tibete parece fantástico.   Porém, chega às raias do assombroso o que a professora Alexandra diz sobre a criação dos chamados espectros nebulosos, fantasmas sem tirar nem pôr.   Ela mesma conviveu durante um longo período com um destes espíritos, fruto exclusivo de concentração mental ; era um lama baixinho, gordo, de aspecto risonho, que se tornou seu comensal regular.  Ele ia e vinha a seu bel prazer.   Por vezes a pesquisadora sentia apenas o toque de sua mão sobre o ombro.  Ela considera extraordinária a materialização desta entidade espiritual, porque até os seus visitantes, portanto terceiros, podiam ver o espectro gerado pela sua mente.   Quando a presença do espírito do lama começou a enervá-la, a professora precisou de seis meses para desfazer o fantasmagórico personagem e levá-lo a desaparecer.   Perguntamo-nos, naturalmente, como isso é possível.   É preciso aprofundar-se num estado de extremada vigília, que o renomado pesquisador inglês do Tibete Evans-Wentz designa em seu livro, Ioga e doutrinas Secretas do Tibete, como Ioga do grande símbolo.   E com isto gostaria de apontar dois fatos intrigantes, dos quais a psicologia acadêmica não toma conhecimento.   ... No que se refere às origens da magia: no começo era o símbolo.    Mas o que será que vem a ser exatamente o símbolo...Com demasiada frequência eles são confundidos com sinais ou alegorias.   Em regra, a alegoria personifica uma ideia,; a Justiça por exemplo, como uma heroica figura feminina munida de balança e espada, aparece de olhos vendados, para indicar que a justiça deve ser imparcial.   As alegorias se caracterizam pela configuração bem determinada e pela significação restrita.   No sentido da moderna cibernética, os dois fatores cabem co conceito de sinais.   O símbolo  também é um veículo de informação; porém de um tipo especial.   Possui, por assim dizer, natureza dupla e certa autonomia.  Uma vida própria por assim dizer.   O símbolo, seja objeto, imagem, sinal gráfico, sequência sonora, etc, possui por um lado sentido eidético.   Isto é, informa pictóricamente  ou acusticamente sobre uma ideia.   Por outro lado, porém, o símbolo tem ainda um sentido operativo.   É simultaneamente o portador de uma informação e desencadeia um efeito.   É este o aspecto intrigante.   Todas as fórmulas de símbolos têm em comum o fato de não terem como causa determinante aquilo que simbolizam.   Isto os diferencia dos sinais.   " No entanto nada é dito sobre quem ou o que cria os símbolos.   George Klaus ".    Jung considera altamente provável que os símbolos históricos venham predominantemente de sonhos ou sejam sugeridos por eles.   Isto confere com o que diziam, já há cinco mil anos, os textos cuneiformes sobre as experiências de Gilgamesh, o rei de Ur, em sua aventurosa viagem.   Porém, não devemos nos contentar em saber que os símbolos são fruto do inconsciente.   Isto poderia nos levar à errônea suposição de que os símbolos têm, afinal, origem humana.   Pois o conceito de inconsciente corresponde ainda, quer para o cientista, quer para o leigo, às antiquadas teses de Sigmund Freud e de sua errônea tese do instinto.   O que  Freud descrevia como símbolos, e que insistia em interpretar para os seus pacientes como símbolos sexuais, quando necessário também sob renitente oposição destes - não são símbolos autênticos; têm mais o caráter de sinais.   A vida, no entanto, está sujeita à contínua variação.   Portanto, os símbolos também variam no decorrer do tempo com as civilizações, as religiões e os conceitos predominantes em cada época; conforme as condições geográficas, a raça e outras características peculiares ao meio ambiente.   Kohlenberg extrapola que os governantes de alguma antiquíssima raça cósmica, diante da insuportável superpovoação de seus planetas, tenham expedido observadores em busca de novos espaços vitais.   A Terra, situada num braço espiral à borda de nossa Via Láctea, seria o posto avançado para uma colonização.   Kohlenberg não aceita os arquétipos.    Para ele, os deuses e todas as demais figuras e vultos simbólicos na mitologia têm origem no encontro do homem primitivo com visitantes extraterrestres.   O mesmo se aplica à magia.   Também a escrita seria  herança dos astros.   E no que se refere às calamitosas catástrofes naturais - a tradição comum a todos os povos de um dilúvio universal, o desaparecimento da lendária Atlântida, o surgimento dos desertos e das zonas das estepes - tudo seria consequência de uma guerra estelar, resultante do embate de povos siderais inimigos da luta pela ocupação da Terra como colônia espacial.    Os combates teriam sido travados como super armas, como bombas atômicas, canhões laser e assemelhados.   Dos mitos ressalta um panorama universal, um Cosmo que é um todo, sujeito às leis imutáveis e contendo uma multiplicidade de mundos habitados, conclui Kohlenberg.   Como teoria seus pontos de vista poderiam ser aceitos.   E a possibilidade não é totalmente descartável.   Todavia, conforme mencionei, com isto o problema é apenas transferido para o cosmo.   Se os habitantes de outros planetas da nossa galáxia têm natureza e essência humanas, devem possuir igualmente uma mitologia e com isso conhecer símbolos.   Mas para compreender as práticas mágicas conforme serão descritas nos próximos capítulos, a tese dos símbolos de Jung e a pressuposição de um campo espiritual supra pessoal e universal é mais útil, quer lhes demos o nome de inconsciente coletivo ou área do supra consciente.

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