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Vou por onde a arte me levar.
sábado, 28 de janeiro de 2017
O Livro de Ouro das Ciências Ocultas - Parte 11
Acima está a pintura de Goya, as bruxas ao redor de Satã oferecem crianças para o sacrifício. __ Mágicos e Curandeiros: O mais remoto texto conhecido sobre magia provém da Babilônia. É a Epopeia de Gilgamesh, redigida há mais de cinco mil anos. Remonta a época dos sumérios e foi gravada em caracteres cuneiformes sobre tabletes de argila. O material foi descoberto pelo assiriólogo inglês George Smith, sob os destroços em ruínas de uma antiquíssima biblioteca. Esta foi localizada por ocasião da escavação do palácio de Assurbanipal, no recinto que depois se tornou conhecido como Sala dos Leões. A epopeia de Gilgamesh relata uma expedição do herói, rei de Ur, ao mundo subterrâneo, onde encontra Ea, o deus das águas profundas e também o deus babilônio da sabedoria. E Gilgamesh adquire sabedoria pelos sonhos que o deus lhe proporciona e no decorrer dos quais lhe revela os desígnios secretos dos deuses.. A viagem leva também o herói a Utnapistim, sábio que lhe ensina um método mágico para atravessar as Águas da Morte. Nelas, ele tem de mergulhar até o fundo para encontrar a erva mágica da imortalidade. De volta a sua cidade natal de Ur, uma serpente lhe furta a erva mágica. Em troca, o retorno da viagem lhe proporciona uma misteriosa imortalidade. Não sabemos como continua a epopeia, pois os tabletes restantes jamais foram encontrados. Nesta epopeia já se delineiam os pontos básicos da magia: o conhecimento criativo é um presente dos deuses. O homem adquire conhecimentos por meio dos sonhos, quer dormindo, quer sonhando acordado ou sob o efeito de uma espécie de visão quando alguma experiência o leva ao êxtase. Aparece também a noção da mágica erva da imortalidade, que cresce no fundo do mar. Por um lado, o mar é a água da morte, que separa o mundo dos vivos do reino dos mortos. Por outro lado, no entanto, o mar é também água de vida. Mas para isto é preciso que o herói empreenda, por assim dizer, como representante do seu povo, a grande viagem ao desconhecido jamais trilhado. E mais. Os conhecimentos que o herói, rei e agora também mágico obtém do deus dos sonhos e da profundeza das águas não correspondem aos conhecimentos usualmente adquiridos mediante um processo de aprendizagem. (Na moderna concepção da linguagem simbólica dos sonhos, corresponderiam ao âmbito do inconsciente). São conhecimentos que permitem entrever os desígnios ou planos secretos dos deuses. Vêm a ser, portanto, " conhecimentos planejados ", que já pressupõem um elevado nível de consciente. A este tipo de acréscimo de conhecimento damos o nome de " evidência ", termo derivado do latim evidentia, ou seja, evidente, óbvio, intuitivo. A mais sucinta e moderna definição para evidência seria tomar conhecimento do programa. No entanto, os primórdios da magia são ainda mais remotos do que revelam as fontes escritas disponíveis. Quer se trate de escritos sumérios em caracteres cuneiformes, textos em hieróglifos nas paredes de túmulos das mais antigas pirâmides egípcias, ou inscrições pictóricas talhadas em pedra nos templos agora recobertos pela vegetação tropical das primitivas civilizações centro e sul-americanas. A magia teve início muito antes da invenção da escrita e começou provavelmente com a aparição do homem sobre a Terra.
terça-feira, 24 de janeiro de 2017
O Livro de Ouro das Ciências Ocultas - Parte 10
A tosca dimensão tempo-espaço na qual nós, os seres humanos vivemos, a realidade conforme a aprendemos com nossos sentidos, coadjuvados por recursos tecnológicos, é apenas um caso limítrofe do mundo real. Aliás, esta nossa dimensão de vida ou realidade não é um estrato compacto e impenetrável. Precisamos imaginá-lo antes como um tecido transparente, ou um gradil de malhas irregulares, com inúmeros e minúsculos interstícios. Através destes pode-se proceder a qualquer momento a um intercâmbio de informações com outras dimensões da realidade ainda não exploradas. O que consideramos estável e impenetrável não o é na realidade. Nem é preciso mencionar o aparecimento de espíritos neste contexto, para os quais portas e muros não representam obstáculo. Pensamentos também são coisas diferentes. Outrora era usual comparar ondas de pensamento com ondas de rádio, mas esta prática já está superada. As três dimensões de espaço, comprimento, largura e altura, acopladas ao tempo como quarta dimensão; este decorre para nós em linha reta do passado para o futuro. Esta dimensão tempo-espaço é delimitada pela barreira de tempo, que condiciona os movimentos do Universo à velocidade da Luz, ou seja, 300.000 Km's no máximo. Pelo menos é o que diz a teoria de Einstein. Entrementes, até os cientistas sérios já discutem a possibilidade de ultrapassar a barreira do tempo, ou contorná-la mediante um túnel. O chamado Universo einsteiniano ainda é por demais materialista, com limites acanhados para tempo e espaço. O verdadeiro mundo é multidimensional. Para qualquer ramo das ciências ocultas, a existência de espírito e alma é óbvia. Admitem até almas e espíritos independentes. Para nós é difícil imaginar a alma como entidade autônoma. É que as nossas instituições de ensino - quer escola, quer universidade, quer publicações de massa - aderiram totalmente ao infausto materialismo científico; portanto falta simplesmente material científico para comparações. Para o homem de épocas passadas, também os animais e as plantas tinham alma. Atribuíam alma até a objetos inertes. Atualmente sabemos que todas as coisas materiais são compostas por partículas nucleares, átomos, moléculas, e no caso dos seres vivos - células. Tudo organizado em sistemas específicos. Porém de alguma maneira, partículas, átomos e moléculas sabem que sistema devem formar, uma pessoa, um animal ou um cristal. Uma das mais novas ciências do século XX, a cibernética, fala neste caso de informação. E, isto, conforme frisa Norbert Wiener, não é matéria nem energia, mas um terceiro fator. A palavra informação tem conotação moderna e é neutra, No entanto, poderíamos usar da mesma forma a denominação tradicional de mente. Quanto ao mental, pode se tratar no caso também de sistemas organizados, de psícones. A alma, que a ciência tradicional afirma não existir, está sem dúvida condicionada à existência material e corporal. Segundo verificaram cientistas e cibernéticos, a alma permeia o corpo do homem por assim dizer até as extremidades dos dedos e a derradeira célula. No entanto, isso não exclui o fato de que a alma seja autônoma e independente. ... é até possível que a alma deixe o corpo. Da mesma forma, a existência de um Além e o prosseguimento da vida após a morte não são fantasias, mas possibilidades científicas viáveis. Os materialistas rejeitam a noção de que a vida continua após a morte, alegando que deveria existir, neste caso, um lugar reservado no Além para as almas dos falecidos. No entanto, a despeito de sondar o Universo com gigantescos telescópios de espelho, satélites e laboratórios espaciais, o homem não encontrou tal local em parte alguma. Portanto, não existiria um Além. O argumento é inócuo, pois para o Além há lugar em toda parte. Não precisa localizar necessariamente no espaço cósmico. Pode muito bem entrar em nós. Porém, sob a forma de um dimensão da realidade ainda não explorada, inacessível aos atuais métodos usados pelas ciências naturais; o sistema alma se transferiria para esta dimensão após a morte física. Quando o professor Pascal Jordan diz que milagres sobrenaturais podem ser comprovados, ele deve empregar deliberadamente tal formulação, para frisar a inconsistência do materialismo científico, e a irreligiosidade alimentada por ideologias políticas materialistas. A rigor, a descoberta de que, à luz da física moderna, milagres sempre são possíveis nada tem de sobrenatural. Milagres são até naturais, pois apesar de se tratar de ocorrências que estão acima da nossa maneira lógica e racional de pensar, estão latentes nas insuspeitas possibilidades da natureza. O nosso mundo está repleto de mistérios e maravilhas, basta considerar as descobertas da física moderna, aliadas às da psicologia profunda. No começo de toda nova revelação científica existe uma teoria, isto é, uma ideia. Porém uma ideia é algo mental, como se depreende dos depoimentos ou das biografias de quase todos os grandes descobridores, inventores ou gênios científicos, aos quais a humanidade deve seu progresso. Todos são unânimes em afirmar que a ideia decisiva lhes veio por um palpite espontâneo, de uma iluminação repentina ou de um sonho inspirador. O sociólogo fala, no caso, em criatividade, o psicólogo em intuição; porém, não se trata, de modo algum, de um processo consciente de aprendizado. A ideia surge através de uma ideia de revelação mental. E só quando o cientista acredita em sua ideia, ele formula uma teoria correspondente; posteriormente tenta prová-la mediante experiências ou outros métodos científicos. Portanto, sem fé não pode haver novas descobertas científicas. A fé religiosa se baseia na chamada sabedoria revelada do fundador de uma religião e de seus discípulos. No entanto, em ambos os casos há revelação. Em princípio, não há diferença entre a intuição criativa de um cientista genial e a revelação de uma noção religiosa. Só que no primeiro caso o conhecimento recém adquirido se refere em geral a algo desconhecido no aspecto externo ou profano da natureza; no segundo caso, aos mistérios primordiais da natureza. Mas o que está fora está dentro, e o que está dentro está fora. É esta a fórmula de hermes Trismegisto, o padroeiro dos magos e alquimistas, para compreender o sentido do mundo. Inicialmente não existia ciência natural sem religião e vice-versa. Ambas tinham o mesmo objetivo, o de se aproximar sempre um pouco mais da verdade. O que nas ciências ocultas nos parece superstição e absurdo acaba se revelando como resquício de conceitos religiosos superados ou rituais de culto olvidados. A atual tendência para o ocultismo, para as doutrinas secretas e seitas de toda espécie é o protesto contra um mundo privado de alma e sentido, em consequência do materialismo científico. As perguntas sobre De onde, Para quê, Para onde, Qual o sentido, não podem ser reprimidas para sempre. Estão ancoradas na mente humana. São as perguntas primordiais da humanidade e a razão básica de qualquer busca de conhecimento e sabedoria. Com elas começa a história da magia, que era originalmente uma ciência do e para o homem. Nas ciências ocultas nascidas da magia este motivo fundamental foi mantido. É o que explica o fascínio que exercem atualmente. É também o que Pauwels e Bergier tinham em mente ao anunciarem um Despertar dos Mágicos para o próximo milênio. Um retorno das ciências às questões primordiais da humanidade.
O Livro de Ouro das Ciências Ocultas - resumo - Parte 9
Todo conhecimento, até o de um moderno pesquisador da natureza, não se relaciona, em última instância, à mente humana (pergunta). Isto é, o pesquisador só pode adquirir conhecimento porque possui consciente e uma mente cognitiva. É certo que podemos adquirir conhecimentos sobre o mundo em que vivemos através dos sentidos orgânicos, coadjuvados por recursos tecnológicos, como microscópios, telescópios e assemelhados; conhecimentos assim adquiridos podem ser confirmados por experiências que qualquer pesquisador é capaz de realizar quando bem lhe aprouver. Portanto, eles têm validade universal e são objetivos. No entanto, isto só é válido para a dimensão de vida que nós homens podemos aprender por meios dos sentidos. No mundo animal as funções sensoriais são diferentes das humanas - térmitas se comunicam através de chapas de aço, aves migrantes têm um senso de orientação intrigante, moscas enxergam com olhos multifacetados; sem bases para comparação, só nos resta fazer suposições. Porém, na dimensão do micro mundo - no mundo microcósmico dos átomos e das partículas subatômicas, nem isto podemos fazer... ou seja, a resposta da natureza depende da maneira pela qual a mente do cientista formula a pergunta. A rigor isto não se diferencia da maneira de proceder de um mágico. ... Conforme se sabe, a prova da existência dessa dimensão da realidade foi fornecida em 1945, com as duas bolas atômicas de fogo que exterminaram a população de Hiroshima e Nagasaki. As centrais atômicas são prova adicional do acerto das teorias desenvolvidas pelos grandes físicos e matemáticos do século XX. Se a descoberta e a pesquisa das dimensões atômica e subatômica só tiveram até o presente utilidade tecnológica, mais para o mal do que para o bem da humanidade, isto se deve ao materialismo científico, com seu conceito mecanístico do homem. No entanto, isto não é razão para deixar de considerar que os resultados das pesquisas dos brilhantes sábios do nosso tempo criaram, com a nova física, também uma concepção inteiramente nova sobre a natureza do meio ambiente. Poderiam contribuir igualmente para uma melhor compreensão da natureza humana. E estes sábios pensaram nisso. Só que os seus esforços são poucos conhecidos. Físicos do gabarito de Pauli, Schrodinger e Heisenberg, por exemplo, se ocuparam também intensamente com um setor especial das ciências ocultas: a alquimia. Einstein nos ensinou que matéria e energia são apenas estados de uma e mesma coisa, e que são intercambiáveis. Sob este ponto de vista, matéria é, por assim dizer, energia condensada; e energia , matéria expandida. Energia pode condensar-se nas mais variadas partículas elementares. Mas, neste processo, ela tem liberdade de escolha.... ___Pascal Jordan: Milagres sobrenaturais são possíveis a qualquer instante. Afirma ainda que já não tem sentido o argumento dos adeptos da concepção determinista (materialista) da natureza de que Deus seria um elemento desnecessário na rotina natural, que se desenrola em obediência à leis próprias. Isto, no entanto, ainda não constitui prova cientificamente exata da existência de Deus, ou como quer que denominemos um poder criador e coordenador infinitamente superior ao homem. Porém, a atuação, a providência e os desígnios de Deus podem ser sentidos na maneira pela qual as coisas da natureza se ordenam, aparentemente sem intervenção alguma - continua Jordan. E não há prova em contrário. Em essência, isto não se diferencia do que vem afirmando desde tempos imemoriais, magos, alquimistas e ocultistas. A despeito de formularem seus conceitos em termos mais singelos, em consonância com os padrões da sua época; além disto, precisamos levar em conta o consciente menos avançado. Em princípio, as conclusões de Pascal Jordan correspondem ao modelo de pensamento que serve de base para as ciências ocultas. E desenvolvido surpreendentemente, numa época em que ainda não se conhecia física nuclear nem quântica. É sabido que normalmente os fenômenos naturais se desenrolam nos moldes preconizados pela física clássica. Tal e qual aprendemos nas lições de física da escola. Porém, as leis naturais do mundo microfísico entrementes pesquisadas - que no entanto, só devem ser encaradas como remota possibilidade - são as mesmas leis primordiais que servem de base para todo o Universo. Ou seja: _ O verdadeiro plano da realidade é a dimensão dos átomos, elétrons e partículas nucleares. É a base, por assim dizer, o chão virgem, sobre o qual todo o resto é construído.
quinta-feira, 12 de janeiro de 2017
O Livro de Ouro das Ciências Ocultas - resumo - Parte 8
Mas o homem não pode viver sem fé, segundo postula uma lei da psicologia profunda. O criador da psicologia analítica, Carl Gustav Jung (1875-1961), e seu discípulo mais destacado, Erich Neumann (1905-1960), formularam-na como a lei da função transcendente: Quando o ser humano passa por determinadas experiências, ou toma conhecimentos de fatos que o consciente não pode aprender por meio dos sentidos, e portanto são inexplicáveis para a razão, há no consciente uma tensão provocada pela contradição; ela não pode ser compensada, mas é equilibrada mediante a criação de um mundo imaginário supra-sensorial. Ou seja, para tudo que não pode explicar, o homem cria um conceito religioso. Segundo Jung, o homem capta seus conceitos religiosos no inconsciente. Portanto é o inconsciente psíquico que intervém de modo prestativo e regulador na ânsia de saber do consciente, a fim de auxiliar o homem em suas dúvidas e criar um equilíbrio mental. Senão o homem se entregaria ao desespero - e isto desde que adquiriu um consciente e um ego-pensante. Pois também isto é mencionado na lei da função transcendente: Quando o homem perde seus conceitos religiosos, sem conseguir encontrar substitutos, ele perde o equilíbrio psíquico. Isto é, fica mentalmente doente. É bem conhecido o assustador aumento de Neuroses e de enfermidades Físicas e Mentais condicionadas a problemas psíquicos nas últimas décadas. Agressões e Depressões tornaram-se o problema psicológico número um da atualidade. Certamente todas as épocas conheceram medos coletivos, e o Juízo Final foi fartamente profetizado. O período das epidemias medievais, como a peste e a cólera, e as procissões penitentes para fazê-las cessar, são exemplos ilustrativos. No entanto, mesmo dentro de limites regionais, estes acontecimentos- assim como catástrofes naturais de outros tipos, ou guerras que não queriam acabar - desencadeavam depressões em massa. Porém, nunca chegaram a questionar a fundo o sentido da vida humana. E quando eram encaradas como castigo de Deus, sempre restavam a esperança de poder evitar os flagelos divinos com orações e penitência. O princípio esperança acabava se impondo sempre novamente, mesmo quando a humanidade apresentou sinais de progresso. No entanto a situação de crise mundial, que vem predominando desde a década de 1980, é mais profunda. Não resultou de epidemias nem de catástrofes naturais. Paradoxalmente, começou até em países do mundo acidental, onde a prosperidade chegou a níveis nunca antes alcançados. É uma autêntica crise de fé. E deve-se responsabilizar por ela as ciências que se ocupam com o homem: a psicologia, a sociologia, a biologia, etc., até onde sua descrição do homem corresponde à imagem de um biorrobô desprovido de alma e espírito. Peculiarmente, as consequências disto são mais bem explicadas por meio das práticas dos mágicos e de sua teoria da magia pictórica, do que as extrapolações abstratas dos cientistas: uma alegria de viver resultante da libertação de temores religiosos e de pressões espirituais. A magia pictórica faz parte da Magia negra. Baseia-se na noção de que, com imagem de uma pessoa, também se pode captar algo de sua maneira de ser, um pedaço de sua alma. A Magia Pictórica é praticada em geral para prejudicar alguém. Para isto, a foto ou a efígie em cera da pessoa é perfurada com agulhas, ou cortada com faca, na suposição de que , segundo a chamada Lei da Correspondência, as partes equivalentes do corpo fiquem feridas ou doentes. O resultado da imagem humana desprovida de alma e mente, desenvolvida pelas ciências materialistas, é a crescente manipulação do homem e a constante desvirtuação de seus objetivos, como se ele fosse realmente um autômato. Isto começa nos métodos da psicologia da publicidade, na exigência de um comportamento social enquadrado na ideologia do momento, e prossegue na despersonificação oficial, para quem o ser humano é apenas um dado no computador. Em vez de um moderno e atualizado conhecimento da psique, a psicologia do comportamento desenvolveu os testes a as técnicas de condicionamento necessárias para a manipulação do homem. O objetivo é um mundo automatizado, administrado por Supercomputadores. Ainda não foi claramente compreendido pela maioria das pessoas que, ao negar a alma e a mente, as ciências destruíram as bases da cultura humana - a ética, a moral e também a religião. O término deste processo só pode ser o fim de qualquer liberdade e a degradação do homem, que seria rebaixado no nível de formiga. Pelo menos é este o sinistro prognóstico para o futuro do recentemente falecido professor alemão de sociologia, Max Horkheimer, enunciado há alguns anos, numa entrevista que fez a sensação. Em seu macabro prognóstico, Horkheimer se baseou no pressuposto de que o positivismo científico viera para ficar. No entanto, isto não aconteceu. O povo em geral não acredita tanto na importância do progresso. A queda do xá do Irã, e o estabelecimento de um regime de governo religioso, chefiado pelo Aiatolá Khomeini, é um exemplo flagrante do que acabo de afirmar. No Ocidente surge uma onda de ocultismo e um aumento de seitas religiosas. Os cientistas franceses Louis Pauwels e jacques Bergier foram os primeiros a prever o rumo pela situação, há quase duas décadas, em seu livro O Despertar dos Mágicos. Esta obra foi um best-seller na Alemanha, sob o título A Caminho do Terceiro Milênio. No entanto o título original francês é mais adequado. Isto significa que a magia substituirá a ciência (pergunta). Que o futuro nos trará um retorno a condições medievais (pergunta). Que alcançamos os limites do progresso e que a humanidade deve estar preparada para enfrentar uma regressão no desenvolvimento do consciente (pergunta). De modo algum. Com uma ressalva no entanto. Caso a tendência para um mundo administrado por supercomputadores, e totalmente automático, ocorra efetivamente uma regressão do desenvolvimento do consciente, pela lógica imanente ao sistema, conforme a profecia de Horkheimer, seria inevitável. Não creio porém que chegamos a isto, sou mais otimista quanto ao desenvolvimento da nossa civilização. claro que se pode insistir em encarar a posição científica do homem da perspectiva planária-rato-macaco. Todavia existe igualmente a possibilidade de criar uma nova imagem do homem. Nesta tarefa, um aprofundado estudo científico das ciências ocultas poderia trazer inestimável colaboração. Já os antigos gregos descobriram, em sua procura da verdade objetiva, que havia muitas verdades, dependendo do ponto de vista pelo qual o fato era examinado. Para a magia, o homem é o centro de toda a pesquisa, e tudo que o mágico empreende em relação ao meio ambiente se refere às forças psíquicas e mentais do homem. Isto pode nos parecer ingenuidade, mas ingenuidade também é natural.
segunda-feira, 2 de janeiro de 2017
O Livro de Ouro das Ciências Ocultas - resumo - Parte 7
Mas no início da década de 1980 percebe-se de repente que há algo errado. De alguma forma, o programa progressista se tornou independente e começa a se transformar em ameaça para a humanidade. Como se algum mau espírito tivesse assumido o comando...A atual psicologia acadêmica passou muito tempo considerando o homem uma espécie de robô biológico. Baseando-se em experiências com planárias, macacos Rhesus e ratos. Só que o homem não é um autômato biológico; ele não reage a estímulos condicionados ou não-condicionados do meio ambiente da mesma forma que ratos nos conhecidos labirintos de Skinner. Os ratinhos são punidos com choques elétricos nas patas ou recompensados com nacos de alimento, conforme se portem ao calcar os botõezinhos elétricos. O processo se denomina aprender mediante condicionamento, mas poderíamos dar-lhe o singelo nome de treinamento. No entanto, nem Burrhus Skinner - autoridade suprema em pesquisa do comportamento nos Estados Unidos - saberia dizer o que os ratos fariam se conseguissem escapulir de suas gaiolas; de onde lhes vêm a inteligência para evitar venenos e armadilhas ou como planejam em comum a estratégia para fugir de um gato. E no entanto, Skinner tem a pretensão de transferir para o homem os resultados de suas experiências com ratos ou outros animais, a fim de explicar por meio delas até o surgimento das religiões e das civilizações! Ele nega a existência de espírito e alma, porque seu professor, John Broadus Watson, fundado da pesquisa de comportamento americana (behaviorismo), declara: " Ninguém jamais tocou numa alma ou a avistou num tubo de ensaio ". Isto não é piada. A citação é literal. Nem os ensinamentos de Sigmund Freud, fundador da psicologia profunda, nos trazem maiores esclarecimentos. A teoria de Freud só levou a um beco sem saída. É verdade que ele foi o primeiro a desenvolver com a psicanálise uma técnica para penetrar no inconsciente da mente humana. Mas descreve a alma como um aparelho psíquico; considera a mente um princípio sexual biológico e substitui o sentido da vida por um programa utilitário: o consumo do prazer. A base da teoria freudiana é a sua teoria do instinto. Esta pode ser resumida a uma fórmula simples, enunciada pelo próprio Freud: É o princípio do prazer que determina o objetivo da vida. É mais do que sabido, que o comportamento humano é determinado primordialmente pelos instintos básicos: alimentar-se e reproduzir-se - fome e sexo. Porém, essas são necessidades naturais básicas puramente biológicas. Além delas, o homem tem necessidades espirituais, culturais e religiosas. Os futurólogos e planejadores do futuro não levaram em consideração nada disto... O homem se diferencia radicalmente do animal. ... A inteligência eletrônica do computador é inútil; nem com os mais sofisticados programas se conseguiria chegar a uma conclusão; não sabem pensar, intuir, adivinhar. Alma, consciente, mente humana, enfim, toda área psíquica constitui mistério insondável para o computador. E lamentavelmente também para a psicologia contemporânea. Agora sabemos porque o programa de progresso descontrolou e por que passaram a ser questionáveis os prognósticos para o futuro que os especialistas do ramo faziam com tanto entusiasmo há alguns anos. Já após a Primeira Guerra mundial, os mistérios religiosos e os dogmas de fé da cristandade começaram a perder gradualmente a credibilidade, e a prática da religião foi-se restringindo a exterioridades sem sentido. As ciências envidaram então todos os esforços para desmistificar as derradeiras crenças ainda conservadas pelo homem. Resultado: nada de criação divina, nada de centelha divina no homem, nada de alma independente do corpo. passou-se a negar a existência do Além e o prosseguimento da vida após a morte.
O Livro de Ouro das Ciências Ocultas - resumo - Parte 6
A ideia básica é que este super espírito divino e onipresente atua com maior ou menor intensidade em tudo que existe. Portanto, todas as coisas estariam espiritualmente ligadas e entrelaçadas. Mais ou menos como se o mundo inteiro estivesse interligado por um gigantesco sistema de TV, por exemplo. Só que não há fios, canais e telas para o consciente _ ego-pensante, diz o hindu _ , são invisíveis. As transmissões não se efetuam por meio de ondas eletromagnéticas, mas por vibrações espirituais. O programa fica no ar ininterruptamente. Ligado através destes mágicos canais de informação com os objetos do mundo ambiente, e até com o Cosmo inteiro, o " ego " absorve conhecimentos e desenvolve percepções. Mas trata-se de conhecimentos subjetivos, pois se referem ao ego pessoal. Portanto, o oriental não pode ter percepção objetiva do mundo. O que o hindu chama de percepção é para nós uma sensação psíquica subjetiva, uma experiência espiritual, magicamente relacionada com o pensamento. Todavia, conforme se depreende dos Vedas, dos Upanishades _ as doutrinas secretas surgidas posteriormente - e depois dos ensinamentos de Buda para os mestres da sabedoria hindu, a pesquisa da natureza, do meio ambiente, dos objetos do não-eu, têm importância secundária. Primordial para o modelo de sabedoria oriental é o ego e sua relação com Brama. Este é a alma do mundo ou o espírito universal. O ego-pensante é a atividade de Atman, a alma individual de cada pessoa. No entanto, ambas são idênticas. Visto sob este aspecto, o mundo, até onde o homem o apreende com os sentidos orgânicos, é apenas Maja, (mera aparência). " Tudo que somos é resultado daquilo que pensamos " : ensina Buda... O ego-pensante desenvolve assim um mundo mental. Ao nosso ver, no entanto, trata-se de um mundo fictício, um mundo como o que é representado nas imagens do inconsciente da psique humana, mas que não transmite nenhum conhecimento concreto sobre a realidade da vida e dos fenômenos naturais. Os filósofos gregos, aos quais devemos a invenção da maneira lógica e racional de pensar, não negam de modo algum a existência de potências espirituais superiores. Mesmo que tenham dado nomes diversos aos seus deuses, também para eles era pressuposto inquestionável que a existência do mundo, e com ele a do homem, só poderia ser explicada pela atuação de um poder superior. Todavia, o pensamento lógico por eles desenvolvido se diferencia radicalmente do pensamento mágico. Os filósofos naturalistas gregos não se satisfaziam com a intuição mental acerca do objeto sob observação e a resignada constatação de que seus pensamentos afinal, só eram capazes de lidar com a aparência das coisas. Isto é, com a forma sob a qual apareciam no consciente. No entanto, esta é a base para qualquer atividade intelectual, e para adquirir conhecimentos o homem depende da atuação do seu consciente. O filósofo e matemático inglês Bertrand Russel (1872-1970) abre sua História da Filosofia: Não se trata tanto de conhecer o como, isto é, de que maneira é constituído o mundo, por que determinados acontecimentos se repetem ciclicamente, mas porque isto ocorre.. O pesquisador naturalista grego Pitágoras chegou a seu famoso teorema do triângulo-retângulo. ...Observe uma criança de 3 anos, que chamusca o dedinho num aquecedor. Deve ser uma experiência inesperada, já que ela brinca habitualmente junto ao aparelho desligado. A criança corre para a mãe, reclamando: O malvado do aquecedor me queimou! Ela projeta a sua sensação de dor para o aquecedor, atribuindo a cauda da dor a alguma atividade deliberada do aparelho. Portanto, está tendo um tipo de pensamento ainda mágico. Suponhamos agora que o mesmo acontece com uma criança mais crescida, visitante vinda de uma região cujo clima dispense o uso de aquecedores. Sua primeira reação mental será a de que é preciso ter cautela ao tocar em objetos desconhecidos. Instintivamente, também ela atribui ao aquecedor a origem de sua dor, mas não lhe ocorre pensar que ele adquiriu vida e a agrediu espontaneamente. Há um discernimento crítico, e ela diferencia entre a constituição do objeto que lhe é desconhecido e seu próprio comportamento descuidado. Como as crianças são curiosas, nossa hóspede investigará a fundo o caso. Examina o aquecedor com todo o cuidado e verifica que está ligado á rede elétrica. Ah, é daí que vem o calor que provocou a dor! Segue-se a conclusão de que tudo que é quente causa dor. O leitor pode achar que se trata de coisa óbvia. Mas a única chave que nos permite o acesso às primitivas raízes das ciências ocultas, aos fulgurantes e multicoloridos jardins encantados da magia que dela brotaram, aos escuros labirintos do ocultismo e às misteriosas sendas dos alquimistas é uma autêntica e profunda compreensão do pensamento mágico. E só mediante um controle constante, consciente e crítico da nossa maneira habitual de pensar, abriremos uma via transitável para a compreensão destes jardins encantados da imaginação humana e destes sombrios labirintos mentais. Poi esta diferenciação crítica não é tão simples quanto se supõe habitualmente. ... Os adeptos da parapsicologia são cada vez mais numerosos e entusiastas. Tudo é inexplorado, inexplicável e assombroso exerce atualmente fascinação incomum. Enfim, podemos dizer que está surgindo uma nova onda de ocultismo. Até poucos anos, só se pensava e se planejava com uma inabalável fé no progresso. Quando o homem pousou pela primeira vez na lua em 1969, os sonhos com o futuro tomaram novo impulso. Exaltam o progresso- naturalmente apenas o progresso nas ciências naturais e na tecnologia - afirmando que ele garante o crescimento econômico e a prosperidade. E este maravilhoso progresso era, eu disse era, uma bela prova da força criativa do pensamento lógico e racional.
O Livro de Ouro das Ciências Ocultas _ Friedrich W. Doucet, Magia, Alquimia, Ocultismo - Parte 5
O Pensamento Mágico e o Pensamento lógico: __ A Ciência atual não admite milagres. Não reconhece os milagres descritos no Antigo e Novo Testamento, nem qualquer das aparições sobrenaturais constantes, da milenar tradição cristã, mesmo das épocas recentes. Diz-se em geral acerca de tais milagres que eles devem ser entendidos simbolicamente; ou procura-se enquadrá-los em algum tipo de pertubação mental. Ciência é, na acepção atual, a pesquisa de fatos naturais, de suas causas e efeitos, objetiva. O instrumento usado nesta pesquisa é o Pensamento Lógico, fundamentado no raciocínio. Todas as atividades do setor chamada Ciências Ocultas envolvem fartas doses de imaginação no sentido de capacidade de representação interior, que supera em muito os limites da capacidade de percepção através dos sentidos físicos ____ que fornecem apenas informações limitadas sobre o mundo ambiente. E isto é uma característica peculiar do ser humano. Atribuímos o início das ciências aos filósofos naturalistas gregos, datamos o surgimento das ciências na Antiguidade grega, há 2.500 anos, quando aconteceu uma revolução na história do desenvolvimento do consciente humano: o nascimento do " logos ". Conforme a História demonstra, foi o desenvolvimento das ciências e o progresso da tecnologia resultante que levou as nações civilizadas ocidentais à conquista do mundo; que dominaram até meados do século XX. Todavia, este conceito sobre a essência das ciências precisa ser revisto. Surpreendentemente, a superação do pensamento mágico e a introdução do pensamento lógico provocaram na época uma espécie de cisão do consciente. Poi, ao nascimento do " logos " segue-se quase imediatamente um dualismo filosófico:: a corporal e a de uma alma sobrenatural independente do corpo. Depois vem a tão conhecida cisão entre ciência e religião. Tudo que pode ser incluído no setor das ciências ocultas vem a ser magia, resultante do pensamento mágico. A palavra " magia " origina-se da antiga língua Persa, Magu-sh era o nome dado pelos medos e persas aos sacerdotes da religião de Zaratustra. Porém, atualmente magia costuma ser equiparada a feitiçaria. Os mágicos verdadeiros da antiguidade eram ao mesmo tempo teólogos e sábios. Sua profissão era a de sacerdote-cientista. Para explicar o aspecto psicológico do pensamento mágico; os Vedas vêm a ser os antiquíssimos livros sacros dos hindus. Em sânscrito, a palavra significa conhecer, no sentido da sabedoria revelada. Sutras são breves frases para memorizar passagens importantes. É sabido que objeto e sujeito, percebidos como eu e não - eu, são por natureza opostos entre si, como treva e luz, e portanto um não pode ocupar o lugar do outro. Tudo fora do âmbito do ego-consciente, até o próprio corpo, é não-eu, é objeto da natureza. No entanto, qualquer percepção da natureza, qualquer conhecimento acerca dela, só é possível para o ego-pensante. Poderíamos dizer, também, que qualquer conhecimento é relativo à mente humana, e só nela existe. Daí se conclui que, além do mundo material dos objetos - isto -é, o mundo conforme se apresenta ao homem por meio dos sentidos __ deve existir ainda um mundo espiritual material. A existência de uma dimensão espiritual generalizada, que por assim dizer envolve ou permeia o mundo dos objetos não-eu __ o mundo material, conforme chamamos __, é justificada principalmente porque cada pessoa possui um ego-pensante. Saber é parte integrante da essência do ego-pensante, dizem as antiquíssimas doutrinas hindus. E como todos os egos, a soma de todas as criaturas dotadas de ego-pensante, pertencem ao um mesmo mundo ou dimensão espiritual., é permissível concluir que lá existia uma super fonte de conhecimento , um supra ou oniconsciente. Personificando, esta dimensão de um espírito que tudo abrange e tudo sabe, seria o supra- sumo de todas as entidades imagináveis: Deus.
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