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Vou por onde a arte me levar.

terça-feira, 24 de janeiro de 2017

O Livro de Ouro das Ciências Ocultas - Parte 10

A tosca dimensão tempo-espaço na qual nós, os seres humanos vivemos, a realidade conforme a aprendemos com nossos sentidos, coadjuvados por recursos tecnológicos, é apenas um caso limítrofe do mundo real.   Aliás, esta nossa dimensão de vida ou realidade não é um estrato compacto e impenetrável.   Precisamos imaginá-lo antes como um tecido transparente, ou um gradil de malhas irregulares, com inúmeros e minúsculos interstícios.   Através destes pode-se proceder a qualquer momento a um intercâmbio de informações com outras dimensões da realidade ainda não exploradas.   O que consideramos estável e impenetrável não o é na realidade.   Nem é preciso mencionar o aparecimento de espíritos neste contexto, para os quais portas e muros não representam obstáculo.  Pensamentos também são coisas diferentes.   Outrora era usual comparar ondas de pensamento com ondas de rádio, mas esta prática já está superada.   As três dimensões de espaço, comprimento, largura e altura, acopladas ao tempo como quarta dimensão; este decorre para nós em linha reta do passado para o futuro.   Esta dimensão tempo-espaço é delimitada pela barreira de tempo, que condiciona os movimentos do Universo à velocidade da Luz, ou seja, 300.000 Km's no máximo.   Pelo menos é o que diz a teoria de Einstein.   Entrementes, até os cientistas sérios já discutem a possibilidade de ultrapassar a barreira do tempo, ou contorná-la mediante um túnel.   O chamado Universo einsteiniano ainda é por demais materialista, com limites acanhados para tempo e espaço.  O verdadeiro mundo é multidimensional.   Para qualquer ramo das ciências ocultas, a existência de espírito e alma é óbvia.   Admitem até almas e espíritos independentes.   Para nós é difícil imaginar a alma como entidade autônoma.   É que as nossas instituições de ensino - quer escola, quer universidade, quer publicações de massa - aderiram totalmente ao infausto materialismo científico; portanto falta simplesmente material científico para comparações.   Para o homem de épocas passadas, também os animais e as plantas tinham alma.   Atribuíam alma até a objetos inertes.   Atualmente sabemos que todas as coisas materiais são compostas por partículas nucleares, átomos, moléculas, e no caso dos seres vivos - células.   Tudo organizado em sistemas específicos.   Porém de alguma maneira, partículas, átomos e moléculas sabem que sistema devem formar, uma pessoa, um animal ou um cristal.   Uma das mais novas ciências do século XX, a cibernética, fala neste caso de informação.   E, isto, conforme frisa Norbert Wiener, não é matéria nem energia, mas um terceiro fator.  A palavra informação tem  conotação moderna e é neutra,   No entanto, poderíamos usar da mesma forma a denominação tradicional de mente.   Quanto ao mental, pode se tratar no caso também de sistemas organizados, de psícones.   A alma, que a ciência tradicional afirma não existir, está sem dúvida condicionada à existência material e corporal.   Segundo verificaram cientistas e cibernéticos, a alma permeia o corpo do homem por assim dizer até as extremidades dos dedos e a derradeira célula.  No entanto, isso não exclui o fato de que a alma seja autônoma e independente.   ... é até possível que a alma deixe o corpo.   Da mesma forma, a existência de um Além e o prosseguimento da vida após a morte não são fantasias, mas possibilidades científicas viáveis.   Os materialistas rejeitam a noção de que a vida continua após a morte, alegando que deveria existir, neste caso, um lugar reservado no Além para as almas dos falecidos.  No entanto, a despeito de sondar o Universo com gigantescos telescópios de espelho, satélites e laboratórios espaciais, o homem não encontrou tal local em parte alguma.   Portanto, não existiria um Além.   O argumento é inócuo, pois para o Além há lugar em toda parte.   Não precisa localizar necessariamente no espaço cósmico.   Pode muito bem entrar em nós.   Porém, sob a forma de um dimensão da realidade ainda não explorada, inacessível aos atuais métodos usados pelas ciências naturais; o sistema alma se transferiria para esta dimensão após a morte física.   Quando o professor Pascal Jordan diz que milagres sobrenaturais podem ser comprovados, ele deve empregar deliberadamente tal formulação, para frisar a inconsistência do materialismo científico, e a irreligiosidade alimentada por ideologias políticas materialistas.   A rigor, a descoberta de que, à luz da física moderna, milagres sempre são possíveis nada tem de sobrenatural.   Milagres são até naturais, pois apesar de se tratar de ocorrências que estão acima da nossa maneira lógica e racional de pensar, estão latentes nas insuspeitas possibilidades da natureza.   O nosso mundo está repleto de mistérios e  maravilhas, basta considerar as descobertas da física moderna, aliadas às da psicologia profunda.   No começo de toda nova revelação científica existe uma teoria, isto é, uma ideia.   Porém uma ideia é algo mental, como se depreende dos depoimentos ou das biografias de quase todos os grandes descobridores, inventores ou gênios científicos, aos quais a humanidade deve seu progresso.   Todos são unânimes em afirmar que a ideia decisiva lhes veio por um palpite espontâneo, de uma iluminação repentina ou de um sonho inspirador.   O sociólogo fala, no caso, em criatividade, o psicólogo em intuição; porém, não se trata, de modo algum, de um processo consciente de aprendizado.   A ideia surge através de uma ideia de revelação mental.  E só quando o cientista acredita em sua ideia, ele formula uma teoria correspondente; posteriormente tenta prová-la mediante experiências ou outros métodos científicos.  Portanto, sem fé não pode haver novas descobertas científicas.  A fé religiosa se baseia na chamada sabedoria revelada do fundador de uma religião e de seus discípulos.  No entanto, em ambos os casos há revelação.   Em princípio, não há diferença entre a intuição criativa de um cientista genial e a revelação de uma noção religiosa.   Só que no primeiro caso o conhecimento recém adquirido  se refere em geral a algo desconhecido no aspecto externo ou profano da natureza; no segundo caso, aos mistérios primordiais da natureza.  Mas o que está fora está dentro, e o que está dentro está fora.  É esta a fórmula de hermes Trismegisto, o padroeiro dos magos e alquimistas, para compreender o sentido do mundo.  Inicialmente não existia ciência natural sem religião e vice-versa.   Ambas tinham o mesmo objetivo, o de se aproximar sempre um pouco mais da verdade.  O que nas ciências ocultas nos parece superstição e absurdo acaba se revelando como resquício de conceitos religiosos superados ou rituais de culto olvidados.   A atual tendência para o ocultismo, para as doutrinas secretas e seitas de toda espécie é o protesto contra um  mundo privado de alma e sentido, em consequência do materialismo científico.   As perguntas sobre De onde, Para quê, Para onde, Qual o sentido, não podem ser reprimidas para sempre.   Estão ancoradas na mente humana.   São as perguntas primordiais da humanidade e a razão básica de qualquer busca de conhecimento e sabedoria.  Com elas começa a história da magia, que era originalmente uma ciência do e para o homem.   Nas ciências ocultas nascidas da magia este motivo fundamental foi mantido.   É o que explica o fascínio que exercem atualmente.  É também o que Pauwels e Bergier tinham em mente ao anunciarem um Despertar dos Mágicos para o próximo milênio.   Um retorno das ciências às questões primordiais da humanidade.

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