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Vou por onde a arte me levar.

terça-feira, 8 de agosto de 2017

Fernando Pessoa

Fernando Pessoa " transbordou " sua obra.   Conforme ele mesmo escreveu a respeito de sua obra, " transbordei, não fiz senão extravasar-me ".   Dividido em múltiplas pessoas, a sua e de seus heterônimos, Fernando transbordou em poesia.   Buscou com sua obra encontrar a si e ao outro.   E para tanto, Pessoa desdobrou-se em outros personagens literários, extensões de sua poderosa criatividade.   São seus heterônimos, personalidades literárias que inventou para expressar os muitos lados de sua obra.   Fernando Pessoa contou como nasceram seus heterônimos.   " (...) Em 8 de março de 1914 - acerquei-me de uma cômoda alta, e, tomando um papel, comecei a escrever, de pé, como escrevo sempre que posso.   E escrevi trinta e tantos poemas a fio, numa espécie de êxtase cuja natureza não conseguirei definir.   Foi o dia triunfal de minha vida, e nunca poderei ter outro assim.   Abri com um título, O Guardador de Rebanhos.   E o que se seguiu foi o aparecimento de alguém em mim, a quem dei desde logo o nome de Alberto Caeiro.   (...) E tanto assim que, escritos que foram esses trinta e tantos poemas, imediatamente peguei noutro papel e escrevi, a fio também, os seis poemas que constituem a Chuva Oblíqua, de Fernando Pessoa.   Aparecido Alberto Caeiro, tratei logo de lhe descobrir - instintiva e subconscientemente  - uns discípulos.   Arranquei do seu falso paganismo o Ricardo Reis Latente, descobri-lhe o nome, e ajustei-o a si mesmo, porque nesta altura já o via.   E, de repente, e em derivação oposta, à de Ricardo Reis, surgiu-me impetuosamente um novo indivíduo.   Num ato, e a máquina de escrever, sem interrupção, nem emenda, surgiu a Ode Triunfal de Álvaro campos - a Ode com esse nome e o homem com o nome que tem. ".     Conta o poeta a Adolfo Casais Monteiro nesse importante texto que passou a ser chamado de " carta sobre a gênese dos heterônimos ".   " Desde criança tive a tendência para criar em meu torno um mundo fictício, de me cercar de amigos e conhecidos que nunca existiram.  ( Não sei, bem entendido, se realmente não existiram, ou se sou eu que não existo.   Nestas coisas, como em todas, não devemos ser dogmáticos. )    Desde que me conheço como sendo aquilo a que chamo eu, me lembro de precisar mentalmente, em figura, movimentos, caráter e história, várias figuras irreais que eram para mim tão visíveis e minhas como as coisas daquilo a que chamamos, porventura abusivamente, a vida real.   Esta tendência, que me vem desde que me lembro de ser um eu, tem me acompanhado sempre, mudando um pouco o tipo de música com que me encanta, mas não alterando nunca a sua maneira de encantar. "   Escreve em janeiro de 1935 ao crítico Adolfo Casais Monteiro, codiretor da revista Presença, principal veículo do chamado Segundo Modernismo português.   Com as personalidades literárias que inventou, Fernando Pessoa se reinventou para dar vazão à poesia que nele gestava.   Para Pessoa, " Álvaro não passava de um tardo-simbolista blasé, burguês culto e entendiado ", o qual, " opta pela ética do dinamismo e da violência ".   Era o " mais histérico " de seus heterônimos.   É o maior crítico de seu criador.   Segundo Álvaro de Campos, Pessoa era, " um novelo embrulhado para o lado de dentro ", alguém que " sente as coisas mas não se mexe, nem mesmo por dentro ".   Álvaro de Campos nasceu em 1890 em Tavira, mas, como Pessoa, estudou em um país de língua inglesa.  Formou-se em Glasgow ( Escócia ), em engenharia naval.   Depois de viajar pelo oriente, onde sofreu uma desilusão com a civilização europeia e deu início à sua obra poética, Campos volta a Portugal, onde encontra o " mestre " Alberto Caeiro.   Impressionado com a simplicidade de Caeiro - como Fernando Pessoa também ficou ao " conhecê-lo " -, Campos torna-se seu discípulo.   " O que o mestre Caeiro me ensinou foi a ter clareza; equilíbrio, organismo no delírio e no desvairamento,  e também me ensinou a não procurar ter filosofia nenhuma, mas com alma ", registrou o heterônimo.   No entanto, uma vez mais, o inquieto Campos se desilude e se afasta de Caeiro.   Então, aproxima-se do Modernismo.   Álvaro de Campos experimenta a civilização e admira sua energia e força, registrando em seus poemas a ânsia de viver de forma integral a complexidade de todas as sensações.   Entre os heterônimos, Campos  foi o único a manifestar fases diferentes ao longo de sua obra.   Ele tem três fases distintas.   A primeira é marcada pelo Decadentismo, um movimento literário que se desenvolveu no final do século dezenove em oposição ao Realismo e que busca explorar a dimensão misteriosa da existência.   Pouco depois, Campos adere ao Futurismo.   Nesta fase, o engenheiro exalta o mundo moderno e sua poesia é comparada à do norte-americano Walt Whitman.    Campos até mesmo lhe dedica um poema, " Saudação a Walt Whitman ".    Finalmente, depois de uma série de desilusões existenciais, o heterônimo assume uma veia intimista.   Esse período é chamado de Fase Abúlica.   Espelha a desilusão com o mundo em que vive.   A produção desse período é imbuída de tristeza e cansaço.   A influência da obra de Fernando Pessoa vai além da língua portuguesa.   O ensaísta norte-americano Harold Bloom, em sua influente obra O Cânone Ocidental, considera-o, ao lado de Pablo Neruda, o mais representativo poeta do século XX.   Por isso, conforme colocou Roman Jakobson, " é imperioso incluir o nome de Fernando Pessoa no rol dos grandes artistas mundias nascidos no curso dos anos (18)80: Picasso, Joyce, Braque, Stravinsky, Khlébnikov, Le Corbusier.   Todos os traços típicos dessa grande equipe encontram-se condensados no grande poeta português ".   Trabalhando sobre formas poéticas preestabelecidas, Pessoa produz sempre algo novo.  Ele vê a língua portuguesa sob uma perspectiva diferente dos outros falantes nativos.   Conforme afirma a crítica Leyla Perrone-Moisés, " Pessoa forçou a língua portuguesa a uma tal capacidade de materializar abstrações, a uma tal sobriedade para dizer o excessivo, a uma tal definição para dizer o indefinido, que depois dele, todo o derramamento de tipo sentimental, toda facilidade de retórica decorativa aparecem como erros imperdoáveis ".   Com isso, Fernando Pessoa deixou sua marca de inventor de uma nova linguagem poética em todos os poetas portugueses e brasileiros que vieram depois.   Os elementos-chave da sua obra são minimalistas.   Constituem-se, conforme Perrone-Moisés, em " um jogo de xadrez em que as peças são sempre as mesmas - Eu, o outro; sujeito, objeto - mudando apenas de lugar - aqui, em frente - , sem nenhuma possibilidade de fim de partida,. "  E esse jogo de xadrez poético continua a encantar e a influenciar gerações de leitores e a fazer de Pessoa um marco na literatura da língua portuguesa comparável a Camões.   Fernando Pessoa era taciturno.   Solitário, recluso e dado a beber muito, punha-se à parte do mundo.   Sentia que o poeta precisava se afastar e silenciar para poder ouvir a si e ao outro.   Apesar do prestígio que alcançou a partir da década de 1930, Pessoa ganhava a vida como tradutor, era uma espécie de freelancer, prestando serviços para diversos escritórios comerciais.   Isso lhe dava certa liberdade para contemplar e dedicar-se à poesia.   Sua rotina foi estabelecida para girar em torno da própria mente.   Como um monge que atém a observar seus pensamentos, o poeta criou um cotidiano onde a principal atividade era a exploração de seu espaço mental.   Depois de um dia de trabalho traduzindo contratos e textos comerciais - o qual incluía algumas escapadas para a casa de vinhos local - Pessoa se retirava para  sua mansarda, onde escrevia ou fazia e estudava mapas astrais.   Esse cotidiano inteiramente dedicado à produção mental criou uma obra ímpar e que em parte permanece inédita.   Ironicamente, o cotidiano que Fernando Pessoa viveu continua a influenciar o cotidiano dos estudiosos de literatura de hoje.  São eles que têm de estudar e vasculhar o espólio literário do grande poeta e trazer à luz aquilo que ainda possa estar oculto.   Lisboa, 13 de junho de 1888.   Enquanto os sinos badalavam em homenagem a Santo Antônio, nascia Fernando Antônio Nogueira Pessoa.   Cedo, a morte marcou sua vida.   O pai, Joaquim de Seabra Pessoa, funcionário público do Ministério da Justiça e crítico de música do Diário de Notícias, morreu quando Fernando tinha apenas cinco anos.   Pouco depois, foi a vez de seu irmão, Jorge, que faleceu com pouco mais de seis meses.    A mãe, Maria Magdalena Pinheiro Nogueira, se casa de novo,com o comandante João Miguel Rosa, cônsul de Portugal na África do Sul.   Assim, aos sete anos Fernando se muda para Durban.   Na África do Sul, Fernando destaca-se na escola de língua inglesa que frequenta, a West Street.   Ganha o prêmio Rainha Vitória de estilo inglês no exame de admissão à Universidade do Cabo.   Escreve poesia e prosa, sempre em inglês.   A educação que Fernando recebeu foi " aristocrática , moralista e traumatizante ", conforme ele mesmo descreveu.   De volta a Lisboa, em 1905, para estudar Letras, a língua portuguesa revela-se " estrangeira ", " estranha ".   Em pouco tempo, desiste do curso.  Após fundar uma tipografia, a qual mal chegou a funcionar, Pessoa começa a trabalhar como tradutor de cartas e depois correspondente estrangeiro, em escritórios de importação e exportação.   Ele considera que, " o ser poeta e escritor não constitui profissão, mas vocação ".   O ofício de tradutor comercial o lança na mais sombria monotonia.   Para fugir da mesmice, começa a beber.   Nessa época, passa a colaborar na revista Águia, do grupo saudosista Renascença Portuguesa.   Foi cofundador da Orpheu, revista de vanguarda em sintonia com os novos movimentos europeus, como o Futurismo e o Cubismo.   Orpheu não chegou ao terceiro número, mas suas duas únicas edições são o bastante para romper com a estética literária então vigente.   O misticismo permeia sua obra.   Pessoa busca na sua expressão artística " tudo quanto constitui o fundamental e o essencial do meu íntimo ser espiritual ", como escreveu a Armando Côrtes-Rodrigues em 1915.   A arte tem quase o mesmo sentido que um sacerdócio: " à minha sensibilidade cada vez mais profunda, e á minha consciência cada vez maior da terrível  e religiosa missão que todo o homem de gênio recebe Deus com o seu gênio, tudo quanto é futilidade literária, mera arte, vai gradualmente soando cada vez mais a oco e repugnante ".   Intrigado com o grande mistério que permeia a existência, estuda ocultismo.   Aproxima-se da maçonaria, embora nunca tenha se descoberto a que loja pertenceu - se é que pertenceu a alguma.   Dedica-se à astrologia com afinco e dela lança mão com frequência.   Em 1914, o ortônimo Pessoa " conhece " seu heterônimo Alberto Caeiro.   O heterônimo nascera em Lisboa no mesmo ano que Pessoa, mas vive no Ribaltejo.   Não tem profissão.   Instrução mínima.   Debruçado na janela da casa de uma velha tia-avó, lança seu olhar sobre o mundo.   Simples, bucólico, direto.   Escreve O Guardador de Rebanhos, O pastor amoroso e os Poemas inconjuntos.   Era o mestre de Fernando Pessoa  que a ele se revelava.   No mesmo ano, outro discípulo de Caeiro surge para Pessoa.   É o vanguardista Álvaro de Campos, inquieto, modernista, complexo.   Ao contrário de Fernando Pessoa, Campos viaja, vê o mundo e é ativo.   Em junho daquele fértil 1914, outro poeta surge na vida de Pessoa.   O monarquista Ricardo Reis tem " estatura média, embora frágil não parecia tão frágil como era, de um vago moreno mate. ", conforme a descrição que o próprio Pessoa faz a Adolfo Casais Monteiro.   Nascido em 1887, Reis, médico do Porto, passou um tempo exilado no Brasil depois da proclamação da República.    " Tradicional, conservador, parte do classicismo para abordar a inquietação humana, interrogar o sentido do Universo ", Ricardo Reis escreve intensamente: onze odes num só mês.    Mais um escritor entra na vida de Pessoa.    Numa casa de pasto de Lisboa, Pessoa conhece um homem que aparenta 30 anos, magro, mais alto que baixo, curvado exageradamente quando sentado.   Passaram a cumprimentar-se e logo se tornam amigos.   É o heterÔnimo Bernardo Soares, que dá ao poeta o seu livro do desassossego.   Fernando Pessoa diz sobre si mesmo ser um " invertido frustrado ".    Confessa sentir como uma mulher e pensar como um homem.   Mais ainda, refere-se  a " um corpo de mulher que foi meu outrora e cujo cio sobrevive ".    Apesar dos indícios sobre seu homossexualismo, Pessoa teve uma namorada, Ophélia Queiróz, com quem se relacionou por duas vezes: em 1920 e, depois, entre 1929 e 1931.    O namoro, porém, não foi em frente.   Pessoa desmanchou o compromisso por conta de um desentendimento com Álvaro de Campos.    Sua criação temia que o romance desviasse Pessoa da poesia.   Ele abandona, assim, essa rara possibilidade de contato com o outro.    O álcool é uma constante em seu cotidiano, apesar de quase nunca aparecer em seus poemas, e, nas poucas vezes em que aparece, é encarado como fuga e derrota.   Vê a si mesmo como um " perdedor ": solteirão, trabalhando num emprego menor, dado à bebida, sem " paciência para a higiene ", caloteiro, repleto de escritos quase todos inéditos.   Pessoa diz sobre si mesmo ser um " gênio desqualificado ".    Em geral, seu estado de espírito é melancólico ou deprimido.   Em Páginas Íntimas e de auto-interpretação, afirma, afirma que " uma das minhas complicações mentais - mais horrível do que as palavras podem exprimir - é o medo da loucura, o qual em si, já é loucura. "    Pessoa sofre graves crises de depressão, a pior delas entre o final de 1914 e o início do ano seguinte - logo após a dispersão heteronímica.    Uma carta de 1919 a dois psiquiatras franceses revela o diagnóstico  que o poeta fazia  de sua " doença ", como se referia ao ânimo  que quase sempre o dominava.   Nesta, ele se descreve como um " histérico-neurastênico ", com predominância de neurastenia.   Anos depois, ele vem atribuir à histeria a construção de sua poesia.   E Álvaro de Campos, segundo o poeta, é o mais histérico de mim. "     A partir da década de 1930, Fernando Pessoa é reconhecido como uma das figuras intelectuais portuguesas mais proeminentes.   A geração do segundo Modernismo português o saúda como mestre, mas ele não tem muito tempo para gozar o reconhecimento.   Na noite de 27 para 28 de novembro de 1935, o álcool que consumiu a vida toda o consome numa terrível cólica hepática.   Na manhã seguinte, é internado no Hospital de São Luís dos Franceses.    Quando a morte se aproxima, em 30 de novembro, a vista  falha: " Dá-me os óculos! ", pede.   São suas últimas palavras.   O modernismo em Portugal ( e seu mais importante representante, Fernando Pessoa ) surgiu em meio à grande instabilidade política da recém-instaurada República, declarada em 1910,com o assassinato do rei Carlos de Bragança.   A situação portuguesa se agravou ainda mais com a Primeira Guerra Mundial, a qual trouxe a ameaça de o país perder suas colônias ultramarinas, cobiçadas pelas grandes potências.    Por conta disso, um forte sentimento nacionalista se desenvolveu no país.   É nessa época , mais precisamente em 1912, que Fernando Pessoa estreou como ensaísta e crítico literário na revista Águia.   O Modernismo surgiu como resposta à transição  que se começou a operar desde o início da Revolução Industrial.    Os novos conhecimentos técnicos e científicos mudaram diametralmente a visão de mundo estabelecida no Ocidente desde a Grécia clássica.    À medida que os conceitos teológicos, políticos e sociais eram debatidos, uma nova maneira de entender o homem e o universo tomava o lugar das antigas concepções.   As novas tecnologias também forneciam outras perspectivas para entender a realidade de outra maneira.    Correntes de pensamento - notadamente a teoria psicanalítica de Sigmund Freud (1855-1946 ) e o niilismo de Friedrich Nietzche (1844-1900) - também ajudaram  a desbancar o antigo e a clamar pelo moderno.   Em termos políticos, o esfacelamento dos grandes impérios europeus, como o Austro-Húngaro e o russo, bem como a disputa por colônias na África e na Ásia, pressionava por uma nova configuração geopolítica na Europa e no mundo.    Essas mudanças drásticas tiveram, é claro, reflexo nas expressões artísticas.   Uma nova estética já vinha se desenvolvendo, principalmente nas artes plásticas, desde a segunda metade do século dezenove.   Às vésperas da Primeira Guerra Mundial, já havia um movimento que refutava peremptoriamente tudo o que fosse antigo em favor do novo, do moderno.   O Modernismo, como veio a ser chamada a nova tendência estética, aglutinava em si diversas propostas, como o Futurismo, o Surrealismo, o Dadaísmo, o Cubismo e o Expressionismo.   Em Portugal, o Modernismo teve sua fundação em 1915 e no Brasil, em 1922, com a Semana da Arte Moderna.   Diversos compositores brasileiros e portugueses musicaram poemas de Pessoa.   Tom Jobim, por exemplo, transformou em música o poema O Tejo é mais belo.    Outro compositor a se inspirar em Fernando Pessoa, foi Caetano Veloso.   Na canção Língua, há um trecho inspirado em Pessoa, que afirma: " a minha pátria é a língua portuguesa ".   Também o grupo Secos e Molhados, do qual Ney Matogrosso era vocalista, musicou a poesia Não, não digas nada.    Ainda baseado na obra de Pessoa, José Saramago escreveu o Ano da Morte de Ricardo Reis, no qual o heterônimo volta a Lisboa em 1936, depois de 16 anos de ausência.   Fernando Pessoa escreveu sobre sua produção que " a obra está essencialmente dispersa, por enquanto, por várias revistas e publicações ocasionais. "   O que, de livros ou folhetos, considera como válido é o seguinte: " 35 Sonnets ( em inglês ), 1918; English Poems 3 ( em inglês ), 1922, e o livro Mensagem, 1934, premiado pelo Secretariado de Propaganda Nacional, na categoria Poema. "    Sua obra completa foi publicada postumamente.   A partir de 1943, Luís de Montalvor deu início à edição das obras completas de Fernando Pessoa, abrangendo os textos em poesia dos heterônimos e de Pessoa ortônimo.   Foram ainda sucessivamente editados textos de Pessoa sobre temas de doutrina e crítica literárias, filosofia, política e páginas íntimas.   Entre esses, contam-se a organização dos volumes Poesias ( de Fernando Pessoa ), Poemas dramáticos ( de Fernando Pessoa ), Poemas ( de Alberto Caeiro ), Poesias ( de Álvaro de Campos ), Odes ( de Ricardo Reis ), Poesias Inéditas ( de Fernando Pessoa, dois volumes ), Quadras ao gosto popular ( de Fernando pessoa ), e os textos em prosa de Páginas íntimas e de auto-interpretação, Páginas de estética e de teoria e crítica literárias, Textos filosóficos, Sobre Portugal - Introdução ao problema nacional, Da república (1910-1935) e Ultimatum e Páginas de sociologia política.   Do seu vasto espólio foram também retirados o Livro do Desassossego, escrito por Bernardo Soares, publicado na década de 1980, e uma série de outros textos.  Ainda há escritos inéditos no famoso baú onde o poeta guardava sua produção.  Certamente, muitas coisas sairão do espólio de Pessoa.    ___ Livro Clássicos __Poemas de Álvaro de Campos __ Fernando Pessoa

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