Desde 1780 Franz Von Beroldingen classifica os vários tipos de carvão de pedra como combustíveis fósseis: turfa, linhito, carvão betuminoso, carvão antracitoso e antracito. Em 1900, H. Potoniê pesquisou diferentes amostras de carvão e as classificou: 1- carvão brilhante (glanz Kohle), carvão fresco e fosco (mattkohle) e carvão em agulhas (fazernkohle), já em 1919, depois da Revolução Industrial, em que o carvão ganhou na Inglaterra variados usos e serviu de aquecimento __ por meio de calefação __ no inverno, a pesquisadora inglesa Marye Stopes deu nova classificação ao carvão: vitrita, ciarita, durita e fusita. A partir da década de 50 devido à ampliação dos usos do carvão mineral na indústria e nas usinas termelétricas surgiu outra classificação dos carvões, assim definidos: Linhito-Carvão de baixa categoria. Varia de tonalidade podendo ser castanho ou negro. Pode-se discernir os vegetais que o compõem. Desintegra-se rapidamente quando exposto. Queima com pouca ou nenhuma fumaça, e é facilmente solúvel em álcalis. O seu teor de água varia entre 10 a 30% e o poder calorífico vai de 4.000 a 6.000 quilocalorias. Turfa-É uma rocha de origem vegetal que se encontra nas formações sedimentares recentes. Representa o primeiro estágio do carvão. É originária de zonas pantanosas, de restos vegetais e o seu teor de água é muito elevado variando de 65% a 90%. O seu poder calorífico é alto variando de 3.000 a 5.000 quilocalorias. A turfa é hoje a principal fonte de energia suplementar nos países escandinavos e socialistas. Sub-betuminoso-Carvão de baixa categoria; cor preta; apresenta camadas lenhosas. Desintegra-se em contato com o ar. Produz fumaça ao queimar. Não é coqueificável. Betuminoso-Carvão de média e alta categoria; cor negra, possui qualidades de coqueificação mais expressivas à medida que seus teores de valorização diminuam. Produz fumaça ao queimar. Antracito-Carvão de alta categoria, com textura densa e semelhante à rocha. Não é coqueificável. Ao queimar não produz chama. Carvão mineral é uma rocha facilmente combustível, contendo mais do que 50% do seu peso e mais de 70% do seu volume de matéria carbonosa, formada por compactação e solidificação de restos de plantas semelhantes aos depósitos de turfas, apresentando diferentes graus de alteração. Carvões húmicos, carvões originários essencialmente a partir de vegetais terrestres superiores, com alto teor de hidratos de carbono. Correspondem, de uma forma geral, aos carvões existentes e utilizados no Brasil. Carvões Sapropélitos, carvões originários a partir de vegetais aquáticos, principalmente algas, depositados em lagos. Carvão energético, denominação usada, no Brasil, para designar tipos de carvões não coqueificantes, com teor de cinzas inferior a 40% e que são utilizados para a gaseificação e a redução direta de ferro. Carvão metalúrgico, carvão com propriedades coqueificantes, utilizado como matéria-prima na fabricação de coque para os altos fornos siderúrgicos. Os carvões metalúrgicos de boa qualidade possuem baixo teor de cinzas (4 a 9%). Carvão pré-lavado, denominação também utilizada no Brasil para o carvão com 33% de cinzas, obtido pelo beneficiamento, à boca da mina, do carvão coqueificável da camada Barro Branco de Santa Catarina. É o carvão enviado ao Lavador de Capivari para a separação da sua fração metalúrgica com 18,5% de cinzas. Carvão vapor, no Brasil é o termo para o carvão que possui 40% de cinzas, obtidas no beneficiamento do carvão pré-lavado de Santa Catarina, visando a separação da sua função metalúrgica com 18,5% de cinzas. De uma forma geral, denomina-se carvão vapor, o carvão não coqueificável, com teor de cinzas que permita a sua utilização em caldeiras para a produção de energia térmica ou a vapor. O carvão vapor atualmente possui de 50 a 53% de teor de cinzas. Carvão redutor, é o carvão utilizado na redução direta do minério de ferro. Tem no máximo 35% de cinzas. Carvão run-of-mine, (saído da mina), é o produto obtido pela lavra, à boca da mina, o qual é constituído por carvão estéril intercalado às camadas de carvão. A porcentagem de carvão em relação ao estéril, varia conforme o tipo de lavra utilizado. Teor de cinzas, a cinza é constituída por substâncias inorgânicas, principalmente argilas, que foram incorporadas originalmente aos restos vegetais em acumulação nas turfeiras e que constitui os resíduos da combustão do carvão. "Grade", palavra de origem inglesa, que se refere à qualidade do carvão, e que se relaciona com o teor de cinzas. Tal como acontece para o poder calorífico, o "grade" de um carvão é inversamente proporcional ao seu teor de cinzas. Carvões de alto "grade" são sempre carvões de baixo teor de cinzas. Poder calorífico, é o calor liberado pela combustão de 1 kg de carvão. A unidade de medida utilizada no Brasil é a quilocaloria (Kcal-Kg). "Rank", palavra inglesa que se refere ao grau de carbonização atingido pelo carvão após a sua deposição.
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sexta-feira, 14 de abril de 2017
Carvão por Elmar Fonsêca Parte 4
Desde 1780 Franz Von Beroldingen classifica os vários tipos de carvão de pedra como combustíveis fósseis: turfa, linhito, carvão betuminoso, carvão antracitoso e antracito. Em 1900, H. Potoniê pesquisou diferentes amostras de carvão e as classificou: 1- carvão brilhante (glanz Kohle), carvão fresco e fosco (mattkohle) e carvão em agulhas (fazernkohle), já em 1919, depois da Revolução Industrial, em que o carvão ganhou na Inglaterra variados usos e serviu de aquecimento __ por meio de calefação __ no inverno, a pesquisadora inglesa Marye Stopes deu nova classificação ao carvão: vitrita, ciarita, durita e fusita. A partir da década de 50 devido à ampliação dos usos do carvão mineral na indústria e nas usinas termelétricas surgiu outra classificação dos carvões, assim definidos: Linhito-Carvão de baixa categoria. Varia de tonalidade podendo ser castanho ou negro. Pode-se discernir os vegetais que o compõem. Desintegra-se rapidamente quando exposto. Queima com pouca ou nenhuma fumaça, e é facilmente solúvel em álcalis. O seu teor de água varia entre 10 a 30% e o poder calorífico vai de 4.000 a 6.000 quilocalorias. Turfa-É uma rocha de origem vegetal que se encontra nas formações sedimentares recentes. Representa o primeiro estágio do carvão. É originária de zonas pantanosas, de restos vegetais e o seu teor de água é muito elevado variando de 65% a 90%. O seu poder calorífico é alto variando de 3.000 a 5.000 quilocalorias. A turfa é hoje a principal fonte de energia suplementar nos países escandinavos e socialistas. Sub-betuminoso-Carvão de baixa categoria; cor preta; apresenta camadas lenhosas. Desintegra-se em contato com o ar. Produz fumaça ao queimar. Não é coqueificável. Betuminoso-Carvão de média e alta categoria; cor negra, possui qualidades de coqueificação mais expressivas à medida que seus teores de valorização diminuam. Produz fumaça ao queimar. Antracito-Carvão de alta categoria, com textura densa e semelhante à rocha. Não é coqueificável. Ao queimar não produz chama. Carvão mineral é uma rocha facilmente combustível, contendo mais do que 50% do seu peso e mais de 70% do seu volume de matéria carbonosa, formada por compactação e solidificação de restos de plantas semelhantes aos depósitos de turfas, apresentando diferentes graus de alteração. Carvões húmicos, carvões originários essencialmente a partir de vegetais terrestres superiores, com alto teor de hidratos de carbono. Correspondem, de uma forma geral, aos carvões existentes e utilizados no Brasil. Carvões Sapropélitos, carvões originários a partir de vegetais aquáticos, principalmente algas, depositados em lagos. Carvão energético, denominação usada, no Brasil, para designar tipos de carvões não coqueificantes, com teor de cinzas inferior a 40% e que são utilizados para a gaseificação e a redução direta de ferro. Carvão metalúrgico, carvão com propriedades coqueificantes, utilizado como matéria-prima na fabricação de coque para os altos fornos siderúrgicos. Os carvões metalúrgicos de boa qualidade possuem baixo teor de cinzas (4 a 9%). Carvão pré-lavado, denominação também utilizada no Brasil para o carvão com 33% de cinzas, obtido pelo beneficiamento, à boca da mina, do carvão coqueificável da camada Barro Branco de Santa Catarina. É o carvão enviado ao Lavador de Capivari para a separação da sua fração metalúrgica com 18,5% de cinzas. Carvão vapor, no Brasil é o termo para o carvão que possui 40% de cinzas, obtidas no beneficiamento do carvão pré-lavado de Santa Catarina, visando a separação da sua função metalúrgica com 18,5% de cinzas. De uma forma geral, denomina-se carvão vapor, o carvão não coqueificável, com teor de cinzas que permita a sua utilização em caldeiras para a produção de energia térmica ou a vapor. O carvão vapor atualmente possui de 50 a 53% de teor de cinzas. Carvão redutor, é o carvão utilizado na redução direta do minério de ferro. Tem no máximo 35% de cinzas. Carvão run-of-mine, (saído da mina), é o produto obtido pela lavra, à boca da mina, o qual é constituído por carvão estéril intercalado às camadas de carvão. A porcentagem de carvão em relação ao estéril, varia conforme o tipo de lavra utilizado. Teor de cinzas, a cinza é constituída por substâncias inorgânicas, principalmente argilas, que foram incorporadas originalmente aos restos vegetais em acumulação nas turfeiras e que constitui os resíduos da combustão do carvão. "Grade", palavra de origem inglesa, que se refere à qualidade do carvão, e que se relaciona com o teor de cinzas. Tal como acontece para o poder calorífico, o "grade" de um carvão é inversamente proporcional ao seu teor de cinzas. Carvões de alto "grade" são sempre carvões de baixo teor de cinzas. Poder calorífico, é o calor liberado pela combustão de 1 kg de carvão. A unidade de medida utilizada no Brasil é a quilocaloria (Kcal-Kg). "Rank", palavra inglesa que se refere ao grau de carbonização atingido pelo carvão após a sua deposição.
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