O homem primitivo foi apelidado de Homo Magus, pois seu consciente e maneira de pensar estavam magicamente entrosados com o meio ambiente. Já o Homem de Cro-Magnon, que apareceu bruscamente na Terra há cerca de trinta mil anos, e que ninguém sabe de onde veio, demonstra surpreendentes capacidades. É muito superior a seu antecessor, o homem de Neandertal. Os mais conscientes deles, ou digamos, alguns poucos dotados de capacidade de percepção mais desenvolvida, transformaram sua forma de religião, o xamanismo, em magia aplicada. Já estavam praticando uma ciência natural experimental, só que de maneira diferente da atual. O mais notável resultado desta ciência natural pré-histórica, totalmente mágica, é a descoberta da magia da palavra, e com isto a evolução dos símbolos sonoros, que passaram a formar a linguagem, assim como a descoberta da magia pictória, da qual devem ter se originado posteriormente os diversos tipos de escrita. Conforme vimos a invenção da pintura, da escultura, enfim, das artes plásticas, está indissoluvelmente vinculada à magia pictórica. Só o fato de que aqueles indivíduos primitivos, nossos prováveis ascendentes diretos, serem capazes de reproduzir em cenas ilustradas, muito reais, sua visão mágica interior, já é uma proeza incrível. Esse nosso antepassado pode ser designado, por direito, de Homo magus artifex como o homem ainda mágico, mas já artístico. Na cerca de vinte mil anos seguintes, com o término das idades glaciais, ocorreu uma série de amplas modificações climáticas. O meio ambiente do homem sofreu alterações. O derretimento do gelo elevou o nível dos mares. Houve vários dilúvios. Espécies animais foram extintas. As renas se refugiaram no norte. O atual Deserto do Saara se tornou um paraíso tropical para animais e plantas. As novas condições de vida forçaram o homem a mudar seus hábitos para sobreviver. Nesta época, até doze mil anos, aproximadamente, o homem abandonou a caça de animais de porte em favor da caça miúda; colecionava cereais selvagens e frutos silvestres. Iniciou a vida sedentária, começou a domesticar e a criar animais, plantava cereais e construía moradias sólidas. De nômade e caçador ele passou gradualmente a lavrador e criador de animais. Segundo, o filósofo grego Platão quanto o historiador grego Heródoto relataram que a Atlântida teria existido na Ilha Atlantis, entre a Europa e a América, no Oceano Atlântico; possuía pelo menos vinte mil anos um sistema de governo perfeito e uma cultura extremamente elevada. A ilha teria afundado por causa de uma catástrofe natural, provavelmente atingida por um gigantesco meteoro. Os sobreviventes que conseguiram alcançar o continente seriam os criadores de novas culturas, tanto na área do Mediterrâneo quanto nas Américas. Também os membros da Sociedade de Tula, que formavam no Terceiro Reich alemão o círculo interior dos mestres esotéricos do nacional-socialismo, conservavam a crença nos atlantes. Adolf Hitler via nos atlantes os ancestrais da raça ariana. Considerava-os super-homens, dotados de fantásticos poderes mágicos. Acreditava que eles continuavam presentes entre o povo alemão, invisíveis, por assim dizer, como espíritos imortais, e afirmava ter tido contato com eles. O argumento dos defensores da tese dos extraterrestres, assim como a teoria da Atlântida, é o seguinte: segundo provam experiências feitas em institutos biológicos, é impossível que a cultura de plantas silvestres e a domesticação de animais baste para resultar em plantas cultivadas e animais domésticos. Isto seria contrário às leis da hereditariedade genética. Os animais selvagens do jardim zoológico também não se transformam espontaneamente em animais domésticos. Os homens da Idade da Pedra nada sabiam de hereditariedade. De onde lhes vieram de repente estes conhecimentos... De qualquer forma, nenhuma das tribos nômades ou caçadores ainda existentes atualmente conseguiu construir cidades ou desenvolver uma civilização mais avançada. Muito menos uma religião que fosse além do xamanismo. Por isso, os autores, entre eles cientistas sérios e renomados como Bergier e outros, consideram falso tudo o que aprendemos na escola sobre o desenvolvimento da humanidade, e que continua a ser ensinado a nossos filhos. Indubitavelmente as teorias e especulações da Pré-História e da História antiga precisam ser revistas, principalmente no que se refere a datas. Seja qual for a teoria de descendência que preferirmos, a evolução da humanidade só pode ser satisfatoriamente explicada por meio de um progressivo desenvolvimento do consciente humano. Nos círculos da chamada Magia negra, a morte ritual dos seres humanos ocorre até a cristã. No entanto, são fatos episódicos. A noção de oferecer sacrifícios religiosos aos deuses nada tem a ver com o canibalismo das tribos primitivas na África, em Bornéu e na Nova Zelândia. Quando os canibais, cujo conceito de um mundo ainda se restringia totalmente ao meio ambiente, devoravam o coração ou o fígado do inimigo abatido, julgavam incorporar com isto sua força e poder. Porém, quando o Dicionário Fischer de Antropologia, e Herbert Wendt em seu livro À procura de Adão, afirmam que o canibalismo era generalizada na Pré-História, quando até os companheiros de tribo eram comidos, podem incorrer em erro. O fato é que, com o início da construção de cidades, com o começo do desenvolvimento da civilização e quando o conceito sobre o mundo passou a incluir o Cosmo, não há mais provas da prática do canibalismo ritual e mágico. Os homens começaram a projetar as imagens das suas fantasias religiosas para o Universo. Também o além é transferido para o espaço sideral e os mágicos se esforçam por captar os poderes espirituais do Cosmo. Estes são representados como Deuses Estelares, e sua aparição data de mais de oito mil anos. Inicialmente, as divindidades cósmicas são deuses gêmeos. São venerados na Babilônia, em Assur, no Egito e ainda tem forma feminina. A Lua é uma deusa, e o Sol sua divindade irmã gêmea. O Planeta Vênus se mostra como estrela da manhã e da tarde, em seu duplo aspecto de deusa da Luz nascente e deusa da noite. Do ponto de vista psicológico, isto significa que agora o homem encontra também o padrão arquétipico da Grande Mãe Natureza no Universo invisível. A religião do homem pré-histório, o xamanismo, é, uma crença na alma e não uma crença espiritual no sentido por nós entendido. Também o que os egípcios denominavam Ka, no início de sua civilização (seis mila a quatro mil anos atrás), cultuava a alma, porém num sentido já bastante diferenciado. Ka é a força criativa no homem: tanto inteligência quanto potência sexual. Ambas ainda se confundem. O Ka dos egípcios é em termos modernos, a vitalidade personificada, abrangendo o consciente, a potência física e mental. A alma ainda não havia descoberta, apesar de Ka já possuir uma irmã, Maar. É o lado feminino de Ka. Já na terra entre dois rios os homens construíram pirâmides escalonadas como santuários dos deuses e moradias para os reis sacerdotes.
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