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Vou por onde a arte me levar.

domingo, 7 de agosto de 2016

Artes Plásticas - As Artes do Extremo Oriente - Por Wladimir Alves de Souza - Parte 19

Há diferenças fundamentais entre a arte ocidental e a oriental.      Não se pode deixar de considerar as influências religiosas e a própria concepção do Universo.    Enquanto no Ocidente tudo corresponde a uma certa ordem, resultante de uma concepção do espaço e do mundo das formas ligada ao homem, no Oriente toda arte tem um fundo simbólico, derivado das forças universais.    A arte ocidental tem como ponto de partida o homem e sua representação: ora realista, no que se aproxima da aparência visual dos seres e das coisas, ora idealista, na busca de um tipo ideal, sem contudo estar desligada da realidade.     Assim, encontramos duas correntes estéticas básicas: o realismo e o idealismo.     A partir do advento da arte cristã, o artista tem como princípio de sua inspiração, além da figura de Cristo, as imagens da Virgem, dos apóstolos e de todos os santos, mas também figuras profanas: soberanos e sua corte, como figuras populares.    Os dois mil anos de cristianismo fornecem assim a maior contribuição artística da humanidade ocidental, passando das representações convencionais ou ingênuas da arte bizantina ( para a qual o gosto oriental contribui ), às imagens da arte medieval ( românica e gótica ), até a arte da primeira Renascença e do Barroco.     No oriente, ao contrário, as religiões determinaram tipos de criação variados.    Os povos do Islã, ou muçulmanos, proibidos pela sua crença de representar a figura humana e até mesmo as formas vivas, voltaram-se para as formas geométricas, que se desenvolveram na arquitetura e nas artes aplicadas: tapete, azulejo, vidros, tecidos, escultura decorativa.    Talvez haja uma exceção na Pérsia, onde a figura humana, os animais e os vegetais foram frequentemente representados, inclusive na pintura e na miniatura.    Índia: A " Índia " é uma imensa península de mais de 4.000.000 de quilômetros quadrados, separada de comunicação com a Ásia Central pela cordilheira do Himalaia.    Os seus contatos, a oeste, se fazem com o Afeganistão e o Irã através do vale do rio Indus, e com a China pelas pistas da região de Kachmir.      Os primeiros povos da Índia, os dravidianos, foram expulsos para a extremidade da península pela invasão dos arianos, entre 1500 e 800 a.C..    O livro dos Vedas, com o culto dos primeiros deuses e as bases de uma moral, trazida pelos invasores, transformou-se no bramanismo, pelo culto de uma Alma Universal, que, baseada na transmigração das almas individuais pela reencarnação, levava os homens a perfeição.    O vedismo, pela sua alta significação espiritual, era hostil à representação figurativa, mas o bramanismo, religião de diversos deuses ( politeísta ), trouxe toda uma corte de deuses, representados segundo sua filiação e características de poder.    Enquanto isso, nascia no século V1 a.C. uma outra religião profundamente espiritualista, criada pelo príncipe Siddartha, no Nepal, ao norte da Índia, e que pregava o desprendimento dos bens materiais e a busca do aperfeiçoamento moral.    Esse príncipe recebeu o nome de Buda ( o Iluminado ).    Os discípulos dessa religião reuniam-se em mosteiros, onde seguiam uma regra severa e conventual.     Mais tarde uma divisão produziu-se criando uma forma de budismo mais humanizada, na qual o Buda se transformou num deus.    Essa religião, bastante próxima do cristianismo, tornou-se uma esperança de redenção para os homens, e logo espalhou-se por toda a Ásia, inclusive na China, na Indochina e no japão, levando sua mensagem de fraternidade e amor entre os homens.

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