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Vou por onde a arte me levar.

segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Artes Plásticas - O Japão - Por Wladimir Alves de Souza - Parte 26

A arte japonesa nasce diretamente da influência da china.     A partir do século V1, quando o Japão começava a sair da pré-história, os chineses trouxeram as bases religiosas e culturais que foram rapidamente assimiladas pelos japoneses.    Na arquitetura, por exemplo, os processos e técnicas são chineses.    Embora o Japão seja um país rico em pedra e relativamente pouco arborizado, a arquitetura da China, quase toda de madeira, foi imediatamente adotada, pela razão principal de ser mais resistente e flexível num país sujeito a frequentes terremotos.     É no Japão que se encontram algumas das mais antigas construções em madeira, como o templo Todai-Ji, em Nara, que foi construído em 756 da nossa era ( século V111 ).     E a casa japonesa tradicional sempre foi feita de madeira, com portas e janelas que usam em vez de vidro, um tipo especial de papel oleado.     A religião budista, adotada através da seita mística Zen, trouxe junto com elementos da filosofia chinesa clássica uma contribuição que se adaptou rapidamente ao espírito japonês, mas, sendo um povo eminentemente combativo, guerreiro e industrioso, o japonês soube encontrar sua linguagem artística própria, deixando de ser sua arte uma simples repetição da arte chinesa.     Japão é um arquipélago, constituído por inúmeras ilhas, das quais as maiores são: Kyushu, Shikoku, Honshu e Hokkaidô.      Terreno essencialmente rochoso e vulcânico, dispondo de pouca área arável, os japoneses sempre buscaram na pesca a base dos seus alimentos.     Os chineses trouxeram a cultura do arroz e do bambu, bem como o conhecimento dos metais.     Desde cedo os japoneses se revelaram notáveis escultores e arquitetos, como veremos a seguir.     Ao contrário da China, na qual as guerras e revoluções muito destruíram, no Japão praticamente tudo se conservou.     Assim é que, se quisermos aprender sobre a antiga arquitetura da China, teremos de ir ao Japão.     O próprio traçado urbanístico de Nara, antiga capital, corresponde exatamente ao traçado da capital da dinastia T'ang: Ch'ang-an.    Isto foi feito no século V111 ( perdoe-me mas o meu teclado está com problema, por isso que digito o número um no lugar do algarismo romano ) por uma missão japonesa que partiu para estudar os templos, os palácios, e trazer os modelos a serem reproduzidos no Japão.    Nara, a velha capital, ainda hoje é uma extraordinária cidade de arte, com palácios e jardins, inspirados nos modelos  desaparecidos da China Antiga, onde existia liberdade de religião, o culto da poesia e das artes.      Isso explica o refinamento japonesa e seu amor pelas formas naturais.    Ainda hoje existem em Nara as mais antigas construções em madeira existentes no mundo, como o templo Todai-ji, hoje convertido em museu, e que abriga cerca de 10.000 peças, entre armas, mobiliário, tecidos, cerâmica.     Esse templo foi construído em 765 d.C. ( século V111 ).     Os modelos chineses motivaram a arte do Japão, mas foram adaptados à sensibilidade do país.    A partir da fundação de Nara, os escultores têm a oportunidade de criar figuras religiosas, inclusive a do grande Buda de bronze, estátua gigantesca que permaneceu em Nara, um enorme templo, incendiado no século X11.     Hoje ainda existe, embora muito restaurada.     Mas é especialmente necessário estabelecer uma divisão entre idealismo e realismo.     No primeiro caso estão as figuras de Buda, geralmente sobre um pedestal feito de flores de lótus, e, também, figuras de grandes sacerdotes, em atitude de meditação.    São obras de profundo espírito religioso.     No segundo caso são as figuras de gênios semelhantes a guerreiros, que defendem a entrada dos templos ou dos palácios de todo o mal.     São terríveis figuras de guerreiros, realizadas com violência e realismo espantosos.    

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